Mercado quer tirar a prova dos nove
Inflação ao consumidor nos EUA na 5ª-feira põe em xeque mensagem deixada pelo payroll
Dose diária: 🚨 Os investidores foram atrás de mais descontos ontem (8), dando continuidade à caça por pechinchas. Os mercados globais evitam uma correção mais firme nos preços dos ativos.
💸Os ativos de risco ignoram os sinais de que talvez o Federal Reserve não seja tão rápido e agressivo nos cortes dos juros dos Estados Unidos. Por ora, é o Fed quem parece estar exagerando na cautela.
🍮 A prova dos nove - ou do pudim, se preferir - está prevista para quinta-feira (11), quando dados sobre a inflação ao consumidor norte-americano (CPI) podem reforçar (ou não) a mensagem deixada pelos números robustos sobre o emprego nos EUA.
Os investidores foram atrás de mais descontos ontem (8) e deram continuidade à caça por pechinchas iniciada na última sexta-feira (5). Os mercados globais ignoram os sinais de que talvez o Federal Reserve não seja tão rápido e agressivo nos cortes dos juros dos Estados Unidos, evitando uma correção mais firme nos preços dos ativos.
Por ora, é o Fed quem parece estar exagerando na cautela. A prova dos nove - ou do pudim, se preferir - está prevista para quinta-feira (11), quando dados sobre a inflação ao consumidor norte-americano (CPI) podem reforçar (ou não) a mensagem deixada pelos números robustos sobre o emprego nos EUA.
No mesmo dia, também será conhecido o índice de preços ao consumidor brasileiro. Mas a reação ao IPCA vai a reboque do CPI. Isso porque se os juros nos EUA não caírem tanto quanto os mercados esperam - ou mesmo se ainda precisar de um ajuste residual para cima - a taxa Selic também pode frustrar as expectativas e ficar ao redor de dois dígitos.
Mercado em espera
Trata-se de um cenário bem diferente daquele que garantiu o “rali de tudo” nos últimos dois meses de 2023. Porém, a primeira semana de 2024 deixou claro que o tom do novo ano pode ser diferente daquele azul antes da virada.
A questão crucial é saber se a inflação foi controlada - e se permanecerá assim se estímulos monetários foram liberados. É isso que deve ajudar a entender melhor as perspectivas para este primeiro trimestre.
Com isso, os mercados tendem a ficar em compasso de espera nos próximos dias, com passos curtos em busca de oportunidades. Porém, o ritmo deve ser lateral nesta terça-feira (9), ainda mais diante da agenda fraca do dia.
Nesta manhã, o sinal negativo prevalece entre os índices futuros das bolsas de Nova York, enquanto o petróleo avança. Mas o minério de ferro caiu no mercado futuro em Dalian, em meio à frustração com a economia chinesa, que faz Hong Kong se aproximar da mínima em 14 meses.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h10:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,29%; S&P 500 -0,28% e Nasdaq -0,38%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,09% no pré-mercado; nos ADRs, Vale -0,26% e Petrobras -0,06%;
Europa: índice Stoxx 600 -0,06%; Frankfurt -0,11%; Paris -0,01% e Londres +0,06%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +1,16%; Hong Kong -0,21%; Xangai +0,20%;
Câmbio: DXY +0,11%, 102.33 pontos; euro -0,13%, a US$ 1,0938; libra -0,20%, a US$ 1,2723; dólar -0,14% ante o iene, a 144,02 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,049%, de 4,031% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,383%, estável, na mesma comparação;
Commodities: ouro +0,39%, a US$ 2.041,60 a onça na Comex; petróleo WTI +2,13%, a US$ 72,28 o barril; Brent +1,72%, a US$ 77,43 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em -0,45% em Dalian (China), a 992 yuans após ajustes (US$ 138,55).