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Mercados em compasso de espera

Ata do Fed lança dúvidas sobre início de cortes nos juros dos EUA e deixa mercados inertes


Ata do Fed lança dúvidas sobre início de cortes nos juros dos EUA e deixa mercados inertes
Ata do Fed lança dúvidas sobre início de cortes nos juros dos EUA e deixa mercados inertes
Dose diária: 🚨 O Ibovespa ontem subiu em uma magnitude bem menor do que a queda registrada no dia anterior (2), mostrando as dificuldades da bolsa brasileira para seguir em frente. E o mesmo vale para Nova York. 
✂ O problema é que o relógio está de mal com os mercados, que estão ansiosos pela confirmação do cenário de queda dos juros já embutido nos preços dos ativos. A ata do Federal Reserve ontem se recusou a declarar vitória sobre a inflação
⏳ Daí porque o Ibovespa parece estar inerte, segurando-se acima da faixa dos 130 mil pontos, assim como o dólar, que segue rigorosamente ao redor de R$ 4,90. Ou seja, as mudanças em curso são sutis e não de forma acelerada como os investidores esperam.

O Ibovespa ontem (3) subiu em uma magnitude bem menor (+0,10%) do que a queda (-1,11%) registrada no dia anterior (2). Esse ritmo mais lento para a subida observado desde a virada do ano mostra os desafios da bolsa brasileira para seguir em frente, rumo a novos topos históricos. 


E o mesmo vale para Nova York. Desde a véspera do Natal até a volta do ano-novo, os índices S&P 500 e Nasdaq Composto acumulam queda, registrando um dos piores desempenho para o período que marca o chamado “rali do Papai Noel”. Já o Dow Jones tem ganho modesto de menos de 0,1% no mesmo período.


Trata-se de um sinal dos mercados para as dificuldades à frente. Embora a ata da reunião de dezembro do Federal Reserve tenha lançado dúvidas quanto ao início dos cortes nos juros dos Estados Unidos em março, os investidores seguem convictos de que o alívio começará em breve. Senão neste trimestre, no próximo.


Mas o problema está aí. O relógio está de mal com os mercados, que estão em compasso de espera pela confirmação do cenário já embutido nos preços dos ativos. Ou seja, um apetite maior por risco requer sinais claros de que a taxa nos EUA irá cair ao longo deste ano, aproximando-se da marca de 4% ao final de 2024.


Já uma frustração dessa expectativa, com Fed se recusando a declarar vitória sobre a inflação, tende a disparar uma forte correção nos ativos globais. Daí porque o Ibovespa parece estar inerte, segurando-se acima da faixa dos 130 mil pontos, assim como o dólar, que segue rigorosamente ao redor de R$ 4,90.    


Choque de realidade


Dados econômicos desta quinta-feira (4) até podem ajudar a calibrar as apostas, mas dificilmente têm chances de engatar algum movimento mais firme nos mercados. Ainda assim, o avanço do setor de serviços na China em dezembro para o maior nível em cinco meses deve animar os negócios locais.


Aliás, o minério de ferro segue renovando as máximas desde agosto de 2021, indo além da marca de US$ 140 no mercado futuro chinês (Dalian). Com isso, se na véspera foi a Petrobras que segurou o Ibovespa em meio ao salto do petróleo, hoje pode ser a vez da Vale. Embora sigam reféns das commodities, ambas seguem firmes na transição verde.


Ou seja, as mudanças em curso são sutis e não de forma acelerada como os investidores esperam. Os números sobre o emprego no setor privado dos EUA em dezembro (10h15) e os pedidos semanais de seguro-desemprego (10h30) antes do payroll, amanhã, devem reforçar esse ritmo gradual e manter os mercados em compasso de espera. 


💊 Pílulas do Dia 

Rendimento isento: Lucro e dividendos representam mais de 35% da renda isenta de Imposto de Renda em 2023. Entenda.

Combustível verde: Petrobras avança na transição energética com produção de biocombustíveis. Saiba mais


⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:

EUA/Futuros: Dow Jones +0,16%; S&P 500 +0,17% e Nasdaq +0,22%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) sem negociação no pré-mercado; nos ADRs, Vale -0,38% e Petrobras +0,66%;

Europa: índice Stoxx 600 +0,39%; Frankfurt +0,30%; Paris +0,32% e Londres +0,14%

Ásia/Fechamento: Tóquio -0,53%; Hong Kong, estável;; Xangai -0,43%; 

Câmbio: DXY -0,30%, 102.19 pontos; euro +0,39%, a US$ 1,0966; libra +0,45%, a US$ 1,2733; dólar +0,49% ante o iene, a 143,98 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 3,958%, de 3,920% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,341%, estável na mesma comparação;

Commodities: ouro +0,63%, a US$ 2.055,70 a onça na Comex; petróleo WTI +0,85%, a US$ 73,32 o barril; Brent +0,84%, a US$ 78,91 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou estável em Dalian (China), a 1.014 yuans após ajustes (US$ 141,49). 


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