Mercado se interessa por mentiras sinceras
Investidor ‘compra’ história sobre dividendos da Petrobras e Fed hawkish
🧪 Dose diária:
🚨 Parece que foi mesmo exagerado. O Ibovespa devolveu no dia seguinte praticamente toda a alta registrada na sessão anterior.
📅 A bolsa brasileira chega neste último pregão de fevereiro com valorização de 1,9%. Não fosse 2024 um ano bissexto, este seria o saldo positivo do mês.
💲 Mas a quinta-feira (29) reserva o dado mais importante da semana. Por mais que o espaço para surpresa seja pequeno, é isso que deve agitar os mercados de agora em diante.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta quinta-feira (29):
Parece que foi mesmo exagerado. O Ibovespa devolveu no dia seguinte praticamente toda a alta registrada na sessão anterior e chega neste último pregão de fevereiro com valorização de 1,9%. Não fosse 2024 um ano bissexto, este seria o saldo positivo do mês. Mas a quinta-feira (29) reserva o dado mais importante da semana para os mercados.
Conhecido como o índice de preços preferido do Federal Reserve, o PCE, que se refere aos gastos com consumo nos Estados Unidos, será divulgado às 10h30. A previsão é de aceleração na leitura do núcleo, que exclui itens voláteis, com números mistos na taxa mensal e anual do índice cheio. Já a renda pessoal deve subir e as despesas, desacelerar.
Somados aos dados robustos sobre o mercado de trabalho (payroll) e o Produto Interno Bruto (PIB), o resultado efetivo do PCE em janeiro deve ser suficiente para dissuadir uma nova rodada de um Fed dovish. As apostas de corte nos juros dos EUA seguem majoritárias para início do ciclo em junho, com um ajuste total de 0,75 ponto no ano.
⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h20:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,33%; S&P 500 -0,29% e Nasdaq -0,27%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) estável no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,22% e Petrobras +0,78%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,19%; Frankfurt +0,45%; Paris +0,13% e Londres +0,12%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,11%; Hong Kong -0,15%; Xangai +1,94%;
Câmbio: DXY -0,19%, 103.78 pontos; euro +0,14%, a US$ 1,0855; libra +0,08%, a US$ 1,2673; dólar -0,53% ante o iene, a 149,89 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,310%, de 4,266% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,693%, de 4,642% na mesma comparação;
Commodities: ouro -0,00%, a US$ 2.042,40 a onça na Comex; petróleo WTI -0,21%, a US$ 78,38 o barril; Brent -0,42%, a US$ 81,80 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em -0,73% em Dalian (China), a 887 yuans após ajustes (US$ 123,88).
Dando sequência ao Cazuza…
Ou seja, os investidores, enfim, alinharam-se às expectativas do Fed de três cortes na taxa no decorrer de 2024. A expectativa é de que cada queda ocorra nos meses chamados “cabeça de trimestre”, com cortes em junho, setembro e dezembro. A dúvida, porém, é se os mercados seguirão firmes a essa previsão, à medida que ela se confirmar.
Como se sabe, os mercados vivem de antecipar movimentos. O jargão de “comprar no boato e realizar no fato” ainda reina. O problema é que se o cenário para o ano estiver realmente dado, os ativos de risco devem se arrastar ao longo dos próximos meses, sendo alimentados por doses homeopáticas do Fed.
Portanto, por mais que o espaço para surpresa seja pequeno, é isso que deve agitar os negócios globais de agora em diante, para o bem ou para o mal. Ou alguém aqui “comprou” a história de que a Petrobras afundou ontem após declarações do CEO sobre cautela com dividendos em meio à transição energética. Alguma novidade nisso?
💊 Pílulas do Dia
Fim da fila: Atestado on-line deve reduzir espera de perícia do INSS e avançar na telemedicina. Saiba mais.
Dizem que foi ele…: CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, fala sobre cautela com dividendos devido à transição energética e afunda o Ibovespa. Leia a entrevista.