Sell in May and Go Away
Um dos mais conhecidos adágios do mercado entra em vigor - e vai até setembro
🧪 Dose diária:
💸 A sexta-feira marca o último pregão antes de um período de pasmaceira. Um dos mais conhecidos adágios do mercado financeiro entra em vigor na próxima segunda-feira.
🚨 Trata-se do “Venda em maio e vá embora”. Os investidores, principalmente estrangeiros, preferem curtir as férias de verão (no Hemisfério Norte).
❄ Ondas de calor, pelo visto, só mesmo no clima atmosférico. Nos mercados, um longo inverno se abate.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta sexta-feira (24):
A sexta-feira marca o último pregão antes de os mercados entrarem em um período de pasmaceira, caracterizado pela falta de interesse dos investidores - estrangeiros, principalmente. Isso porque um dos mais conhecidos adágios do mercado financeiro entra em vigor a partir da próxima segunda-feira (27).
Trata-se do “Venda em maio e vá embora”, na tradução livre do Sell in May and Go Away. O termo se refere a uma prática comum no hemisfério norte ainda no século 19, quando banqueiros, empresários e aristocratas ingleses saíam de Londres durante os dias quentes de verão para desfrutar o campo.
Esse hábito foi transferido para o outro lado do Atlântico Norte. Nos Estados Unidos, costuma ocorrer entre o feriado de Memorial Day (última segunda-feira de maio) e o Dia do Trabalho (primeira segunda-feira de setembro). Ou seja, este fim de semana nos EUA será prolongado, o que tende a reduzir o ímpeto dos negócios em Nova York já a partir de hoje.
Por ora, o sinal positivo prevalece nos índices futuros das bolsas norte-americanas, após o pregão negativo da véspera. Os dados fortes de atividade nos EUA somados à ata da reunião deste mês do Federal Reserve, conhecidos nesta semana, jogaram um balde de água fria nos ativos de risco, reforçando a percepção de juros mais altos por mais tempo.
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No Brasil, o estrago acaba se tornando maior devido à “autoinflição” - quando se causa dor ou dano a si mesmo. É o assunto de um e-mail que circulou ontem no mercado doméstico, no qual um especialista, que trabalhou diretamente na mesa de operação do Santander com o agora presidente do Banco Central, afirma:
“A economia vai bem, o real está sendo impactado positivamente pelos preços das commodities. As taxas de inflação e de desemprego estão se aproximando dos melhores níveis em uma década. Mas o Brasil está tentando revistar políticas passadas e ruins e criando ruídos desnecessários”
E ele vai além: “Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Daí porque não se deve ignorar a velha máxima no mercado que marca o período que se aproxima. Ondas de calor, pelo visto, só mesmo no clima atmosférico. No mercado financeiro, um longo inverno se abate.
⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h50:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,11%; S&P 500 +0,20% e Nasdaq +0,16%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,29% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,72% e Petrobras +0,20%;
Europa: índice Stoxx 600 -0,44%; Frankfurt -0,36%; Paris -0,21% e Londres -0,45%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -1,17%; Hong Kong -1,38%; Xangai -0,88%;
Câmbio: DXY -0,16%, aos 104.94 pontos; euro +0,13%, a US$ 1,0830; libra +0,06%, a US$ 1,2706; dólar +0,04% ante o iene, a 156,99 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,475%, de 4,480% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,931%, de 4,948% na mesma comparação;
Commodities: ouro +0,12%, a US$ 2.340,90 a onça na Comex; petróleo WTI -0,82%, a US$ 76,25 o barril; Brent -0,76%, a US$ 80,74 barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em -0,33% em Dalian (China), a 909,00 yuans após ajustes (US$ 126,95).