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O mercado e a receita de bolo

  • Foto do escritor: Olívia Bulla
    Olívia Bulla
  • 25 de abr.
  • 2 min de leitura

Mercado ainda não conseguiu se reinventar e alimenta apostas por corte nos juros


A prévia de abril da inflação ao consumidor no Brasil (IPCA-15) e o lucro de R$ 8,2 bilhões da Vale no primeiro trimestre deste ano são os destaques da agenda local nesta sexta-feira (25). O mercado doméstico acredita estar diante de uma situação única, com o Ibovespa no maior nível do ano e próximo da pontuação máxima na história.


A desvalorização do dólar frente ao real e a retirada de prêmios dos juros futuros completam o cenário. Com isso, os investidores já começam a calibrar apostas de queda da taxa Selic. Qualquer semelhança com a perspectiva de que o Federal Reserve deve voltar a cortar os juros dos Estados Unidos não é mera coincidência - talvez não em maio nem em junho.


Fato é que o mercado financeiro ainda não conseguiu se reinventar. Por aqui, segue a tradicional receita de bolo: em um cenário de desaceleração econômica global e de dólar “mais fraco”, a inflação pode esfriar, abrindo espaço para o Comitê de Política Monetária (Copom) voltar a agir sem maiores sacrifícios. 


Lá fora, a crença de que Donald Trump está fazendo um papelão na guerra das tarifas e na luta contra o Fed, ao passo que a China está ganhando o “jogo da estátua”, deve pavimentar uma semana de ganhos para as bolsas de Nova York. Mais que isso, os índices de ações estão prestes a registar a maior sequência de alta do ano - basta subir hoje.


Por ora, o sinal exibido pelos futuros é misto. Talvez o Dow Jones tenha a maior dificuldade em cravar a terceira sessão seguida de valorização. Já o S&P 500 e o Nasdaq caminham com mais força rumo à quarta e à terceira alta consecutiva, respectivamente. O forte balanço da Alphabet, controladora do Google, ajuda a avançar nessa direção. 


Nos demais ativos norte-americanos, o índice DXY se recupera e o juro projetado das Treasuries está de lado. Entre as commodities, o ouro segue recuando e o petróleo também cai. Portanto, não há nenhum sinal de reordenação dos mercados. Apenas uma devolução do movimento anterior, quando a verborragia vinda da Casa Branca assustou. 


De um modo geral, os investidores estão apenas tentando encerrar abril de uma forma melhor do que começou o mês, após o Dia da Libertação. Mais três dias na semana que vem definem se o placar final será no 0 a 0 ou se haverá uma margem positiva. Quando a folhinha virar, tem início o tradicional jargão de “vender em maio e ir embora”, curtir as férias de verão (no hemisfério norte) - até antes do fim de julho.


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