Nada mais abala os mercados
Agenda da semana desafia rali de fim de ano
Dose diária: 🚨 Os mercados estão convencidos de que os juros nos EUA vão começar a cair em breve e que cortes mais profundos na Selic levarão a taxa básica para abaixo de dois dígitos.
⏳ Só o tempo dirá se isso faz sentido. Mas, por ora, os investidores querem acreditar nisso. Tanto que o Ibovespa começou dezembro com pé direito e o dólar caiu abaixo de R$ 4,90.
⛽ O noticiário corporativo mantém a Petrobras em evidência, enquanto a agenda desta semana traz como destaque o PIB do Brasil e dados de emprego nos EUA.
Os mercados parecem mesmo convencidos de que os juros nos Estados Unidos vão começar a cair em breve e que cortes mais profundos na Selic levarão a taxa básica para abaixo de dois dígitos. Só o tempo dirá se isso faz sentido. Mas, por ora, os investidores querem acreditar nisso.
De nada adiantou a tentativa do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em adotar um tom mais agressivo em seu discurso na sexta-feira (1º). Os mercados agarram-se na observação de que a política monetária dos EUA está agora “em território restritivo”, o que foi entendido como um sinal de que o próximo passo será afrouxar.
Da mesma forma, foi a afirmação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que o cenário é reavaliado a cada reunião que animou os negócios por aqui. O Ibovespa começou dezembro com pé direito, cruzando os 128 mil pontos e alcançando o maior nível desde 14 de julho de 2021. Já o dólar caiu abaixo de R$ 4,90.
No ano, a valorização da bolsa brasileira já ultrapassa 15%, enquanto a moeda norte-americana acumula queda de 7,5% frente ao real em 2023. Nesta manhã, o sinal negativo prevalece entre os índices futuros das bolsas de Nova York e também no petróleo, o que pode testar o rali de fim de ano dos ativos de risco.
O petróleo é nosso
O noticiário corporativo mantém a Petrobras (PETR3; PETR4) em evidência, em meio ao bate-cabeça entre o presidente Lula e o CEO Jean Paul Prates. Enquanto os dois discutem a viabilidade de uma subsidiária no Oriente Médio, agora que o Brasil está na Opep+, os venezuelanos apoiam a decisão de tomar parte da Guiana, em uma área rica em petróleo.
PIB e payroll agitam semana
A agenda desta semana traz como destaque o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no terceiro trimestre deste ano, amanhã (5). Dados de atividade no exterior também chamam a atenção. Já nos EUA, o foco se concentra em dados de emprego, com o destaque ficando para o relatório oficial do mercado de trabalho (payroll), na sexta-feira (8).
Antes, merecem atenção o relatório Jolts sobre a oferta de vagas (5), na terça-feira (5), e o relatório ADP sobre o emprego no setor privado, no dia seguinte. Além disso, na China, saem os números da balança comercial na quinta-feira (7) e os dados sobre a inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI), um dia depois.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h35:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,19%; S&P 500 -0,25% e Nasdaq -0,34%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,17% no pré-mercado; nos ADRs, da Petrobras -0,92% e os da Vale -0,98%;
Europa: Stoxx 600 -0,08%; Frankfurt +0,09%; Paris -0,18%; Londres -0,36%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,60%; Hong Kong -1,09%; Xangai -0,29%;
Câmbio: DXY +0,15%, 103.42 pontos; euro -0,19%, a US$ 1,0863; libra -0,39%, a US$ 1,2662; dólar -0,12% ante o iene, a 146,63 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,249%, de 4,200% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,604%, de 4,547% mesma comparação;
Commodities: ouro -0,17%, a US$ 2.086,20 a onça na Comex; petróleo WTI -0,46%, a US$ 73,72 o barril; Brent -0,47%, a US$ 78,51 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (janeiro/24) fechou estável em Dalian (China), a 969,50 yuans após ajustes (US$ 133).