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Mercados têm alívio limitado

Combinação de petróleo e títulos dos EUA em alta assusta mercados

Combinação de petróleo e títulos dos EUA em alta assusta mercados
Combinação de petróleo e títulos dos EUA em alta assusta mercados
Dose diária: Os mercados globais devem continuar sem vigor nesta quinta-feira (28), após o alívio da véspera ter vida curta. O Ibovespa respirou uma ligeira alta, enquanto o dólar ultrapassou a marca dos R$ 5,00. Os investidores seguem receosos com a combinação de preços do petróleo nos maiores níveis em 13 meses e rendimentos (yields) das Treasuries nas máximas em 16 anos. Esse movimento reforça o cenário de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos. Com isso, os ajustes se mantêm, ainda sem vislumbrar uma luz no horizonte. O jeito, então, é viver um pregão por vez, de olho na agenda do dia.

Teve vida curta o alívio nos mercados globais ontem (27). O Ibovespa evitou a quinta queda seguida e respirou uma ligeira alta, assim como o S&P 500, enquanto o dólar atingiu os maiores níveis desde junho, ultrapassando a marca dos R$ 5,00. Era de se esperar que o fôlego dos ativos de risco para engatar uma recuperação fosse breve.


Portanto, não é difícil prever que a falta de vigor nos mercados tende a continuar hoje (28). Os investidores estão receosos com a combinação de preços do petróleo nos maiores níveis em 13 meses e rendimentos (yields) das Treasuries nas máximas em 16 anos. O fato é que um movimento impulsiona o outro, em meio ao acúmulo de pressão inflacionária.


O temor de um aumento no custo da energia reforça o cenário de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos, cabendo até novos apertos pelo Federal Reserve no combate à inflação e retardando ainda mais o início dos cortes. Com isso, os ajustes a esse cenário se mantêm, ainda sem vislumbrar uma luz no horizonte.


Mercados de olho na agenda


O jeito, então, é viver um pregão por vez, de olho na agenda do dia. Aliás, o calendário econômico desta quinta-feira está carregado. Lá fora, destaque para a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no trimestre passado (9h30) e uma fala do presidente do Fed, Jerome Powell (17h).


Aqui, a questão fiscal segue à espreita. Logo cedo (8h), sai o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e, depois do almoço, tem o resultado primário do governo em agosto. O grande encontro ontem entre os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e Luiz Inácio Lula da Silva, contou com a presença do ministro Fernando Haddad (Fazenda).


Ainda assim, um melhor entendimento entre os três não parece ser suficiente para uma queda mais profunda da taxa Selic. Afinal, faltou chamar Powell para a conversa e combinar com o Fed que os juros por lá não vão subir mais para, então, permitir uma aceleração no ritmo de queda aqui.


Pílulas do Dia 💊

Da série must have: iPhone 15 chega ao Brasil nesta sexta-feira (29). Leia aqui.

Cobiça ou medo?: Investidores nos EUA estão no modo “medo extremo” pela primeira vez em seis meses, após o índice “Cobiça ou Medo” da CNN. Confira.

O grande encontro: Campos Neto se aproxima de Lula e Haddad para limpar a imagem de bolsonarista. Saiba mais.

‘Vaca Muerta’: Argentina lança dólar “Vaca Muerta”. Entenda como funciona.


Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h15:

EUA/Futuros: Dow Jones +0,14%; S&P 500 +0,14% e Nasdaq -0,02%;

NY: apenas as ADRs da Petrobras tinham negociação, com -0,94%;

Europa: Stoxx 600 -0,06%; Frankfurt +0,08%; Paris +0,27%; Londres -0,41%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -1,54%; Hong Kong -1,36%; Xangai +0,10%;

Câmbio: DXY -0,30%, 106.35 pontos; euro +0,30%, a US$ 1,0537; libra +0,45%, a US$ 1,2190; dólar -0,26% ante o iene, a 149,26 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,637%, de 4,616% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,129%, de 5,142% mesma comparação;

Commodities: ouro +0,10%, a US$ 1.892,80 a onça na Comex; petróleo WTI -0,41%, a US$ 93,30 o barril; Brent -0,56%, a US$ 93,83 o barril; minério de ferro (janeiro/24) fechou em +0,83% em Dalian (China), a 851,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes (~US$ 116).

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