Mercados testam resiliência
Ibovespa resistiu ontem à queda em Nova York, mas agenda cheia do dia tira a prova
🧪 Dose diária:
🚨 O Ibovespa resistiu bravamente ontem e abriu a semana em alta, em sentido contrário à queda das bolsas de Nova York.
💸 Mas é o rumo da taxa de juros nos EUA que dita o ritmo dos mercados globais. Aliás, essa nova perspectiva para o Fed deve influenciar na trajetória de baixa da taxa Selic.
❓ O Copom deve lançar luz sobre qual será o nível terminal dos juros básicos, sem contar com a ajuda do Fed tão cedo. Ou seja, até quando deve manter os cortes de meio ponto?
O Ibovespa resistiu bravamente ontem e abriu a semana em leve alta, em sentido contrário à queda firme das bolsas de Nova York. Os índices futuros por lá amanheceram com sinal misto hoje, com o rali das bolsas chinesas na madrugada tendo impacto limitado para animar os negócios no Ocidente. Até o minério de ferro caiu em Dalian.
Afinal, é o rumo da taxa de juros nos Estados Unidos que dita o ritmo dos mercados globais. Por mais que os investidores tenham se convencido de que os cortes não começam em março, ainda não descartaram totalmente as chances de o ciclo ter início em maio, embora exista a possibilidade de ficar para junho ou depois.
Essa nova perspectiva para o Federal Reserve deve influenciar na trajetória de baixa da taxa Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) deve lançar luz sobre qual será o nível terminal dos juros básicos ao final do atual ciclo de queda, sem contar com a ajuda do Fed tão cedo. Ou seja, até quando deve manter os cortes à dose de meio ponto porcentual (pp)?
Dia de agenda cheia
Aliás, o Banco Central rouba a cena dos mercados domésticos na manhã desta terça-feira (6), com a divulgação da ata da reunião da semana passada do Copom (8h) e o relatório Focus (8h25), além da nota de crédito em dezembro (8h30). Já o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participam de evento pela manhã.
Lá fora, o calendário econômico está mais fraco, o que desloca as atenções para discursos de membros do Fed. Porém, os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) devem reforçar as palavras ditas por Jerome Powell na última quarta-feira (31) e repetidas no domingo (4), de que quase todos vislumbram queda nos juros dos EUA neste ano.
No entanto, não há consenso sobre quando isso deve acontecer. Assim, é preciso ser cauteloso com as palavras de Loretta Mester, Neel Kashkari e Susan Collins ao longo do dia, pois cada um deve fazer as ponderações conforme suas próprias inclinações quanto ao momento exato. Dos três, apenas a presidente da distrital de Cleveland vota neste ano.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h20:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,20%; S&P 500 -0,01% e Nasdaq +0,18%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +1,53% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,84% e Petrobras +0,24%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,02%; Frankfurt -0,14%; Paris +0,06% e Londres +0,33%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,53%; Hong Kong +4,04%; Xangai +3,23%;
Câmbio: DXY +0,06%, 104.51 pontos; euro -0,10%, a US$ 1,0733; libra +0,08%, a US$ 1,2545; dólar +0,02% ante o iene, a 148,71 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,150%, de 4,162% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,437%, de 4,474% na mesma comparação;
Commodities: ouro -0,09%, a US$ 2.041,00 a onça na Comex; petróleo WTI +0,06%, a US$ 72,83 o barril; Brent +0,06%, a US$ 78,04 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em -1,00% em Dalian (China), a 933,50 yuans após ajustes (US$ 130,38).