Mercados pegam carona no elevador do Brasil
País volta a figurar entre as dez maiores economias do mundo e está a dois degraus do selo de grau de investimentos
Dose diária: 🚨 O Brasil subiu dois degraus e voltou a figurar entre as dez maiores economias do mundo em 2023, ocupando a nona posição. Falta agora uma escalada igual para o país voltar a ser grau de investimento, após a S&P seguir a Fitch.
💰 É com esse cartão de visitas que os mercados domésticos se apresentam aos investidores estrangeiros. Portanto, não foi à toa o novo recorde do Ibovespa ontem (19), nem a queda do dólar para abaixo de R$ 4,90.
🤞 O otimismo nos mercados internacionais em relação a cortes nos juros dos Estados Unidos ainda nos primeiros meses de 2024 impulsiona a busca por risco, em especial nos emergentes. Mas não só.
O Brasil subiu dois degraus e voltou a figurar entre as dez maiores economias do mundo em 2023, ocupando a nona posição, à frente do Canadá e da Rússia. Falta agora uma escalada igual para o país voltar a ser grau de investimento, após a S&P seguir a Fitch e melhorar a nota de risco de crédito soberano.
É com esse cartão de visitas que os mercados domésticos se apresentam aos investidores estrangeiros. Portanto, não foi à toa o novo recorde do Ibovespa ontem (19), pelo segundo dia consecutivo, subindo 1,25% no período e acumulando ganhos de 3,5% em dezembro, até aqui. Em 2023, a valorização é de 20%.
Enquanto os locais estão em uma queda de braço com o Banco Central para saber quem irá cair mais - se as expectativas de inflação ou a taxa Selic; os gringos se alimentam de ativos arriscados e atraentes. No acumulado do mês, as compras externas de ações somam quase R$ 10 bilhões, com o superávit anual nessa conta superando R$ 35 bilhões.
É esse apetite que levou o dólar a ficar abaixo de R$ 4,90, caindo quase 8% no ano, quando a moeda norte-americano começou cotada acima de R$ 5,00. O otimismo nos mercados internacionais em relação a cortes nos juros dos Estados Unidos ainda nos primeiros meses de 2024 impulsiona a busca por risco, em especial nos emergentes.
Ibovespa segue rali global
Mas não só. Essa expectativa sustenta um rali nas próprias bolsas de Nova York que já dura sete semanas, ignorando os sinais cautelosos de dirigentes do Federal Reserve após a reunião de dezembro. Ou seja, depois de um outubro vermelho, Wall Street só ficou no azul, com o Dow Jones batendo máximas históricas e o S&P se aproximando disso.
Nesta manhã, porém, os futuros dos índices acionários norte-americanos estão no negativo, antes de uma agenda econômica mais fraca no dia, que antecede o PIB dos EUA no terceiro trimestre, amanhã, e o índice de preços PCE, na sexta-feira. As principais bolsas europeias também amanheceram com leves baixas, depois de uma sessão positiva na Ásia.
Ao que tudo indica, então, a quarta-feira (20) parece ser um dia de pausa no “rali de tudo”, em meio à proximidade das festas de fim de ano. Aliás, ontem, o giro do Ibovespa foi cerca de 10% abaixo da média dos últimos 12 meses. Aos poucos, a liquidez vai diminuindo, dando sinais de que a próxima semana de negócios - a última de 2023 - será escassa.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h15:
EUA/Futuros: Dow Jones -0,06%; S&P 500 -0,14% e Nasdaq -0,27%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,18% no pré-mercado; nos ADRs, Vale tinha -0,59% e Petrobras tinha -0,19%;
Europa: Stoxx 600 -0,03%; Frankfurt -0,06%; Paris -0,04%; Londres +0,70%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +1,37%; Hong Kong +0,66%; Xangai -1,03%;
Câmbio: DXY +0,06%, 102.23 pontos; euro -0,18%, a US$ 1,0963; libra -0,57%, a US$ 1,2659; dólar -0,27% ante o iene, a 143,45 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 3,890%, de 3,932% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,386%, de 4,442% mesma comparação;
Commodities: ouro +0,02%, a US$ 2.052,60 a onça na Comex; petróleo WTI +1,56%, a US$ 75,10 o barril; Brent +1,33%, a US$ 80,29 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em +1,03% em Dalian (China), a 935 yuans após ajustes (US$ 130,59).