Mercados atentos aos sinais
Aprovação da reforma tributária traz alento aos mercados, enquanto China emite alerta
Dose diária: 🚨 Veio a calhar a aprovação da reforma tributária no Senado, esfriando o debate sobre a mudança da meta fiscal. Embora nem uma nem outra seja a ideal, o célere progresso das matérias traz alento aos mercados.
📈 O cenário político segue no radar, mas está esvaziado nesta quinta-feira (9), assim como a agenda de indicadores. Com isso, o foco se volta para a safra de balanços, que tem Petrobras e Bradesco à noite.
🌎 Aliás, os sinais de enfraquecimento da economia global derrubam os preços do petróleo, levando junto as petrolíferas. Os números vindos da China continuam emitindo alerta sobre o mundo afora.
Veio a calhar a aprovação da reforma tributária na noite desta quarta-feira (8) no Senado, esfriando o debate sobre a mudança da meta fiscal. Afinal, embora nem uma nem outra seja a ideal, em meio à série de emendas feitas pelo relator e à descrença de que o déficit zero em 2024 seria alcançado, o célere progresso das matérias traz alento aos mercados.
Com a missão cumprida pelos senadores, o texto volta à Câmara dos Deputados, que pode concluir a tramitação da proposta ainda neste mês. O cenário político, portanto, segue no radar, mas está esvaziado nesta quinta-feira (9), assim como a agenda de indicadores. Com isso, o foco se volta para a safra de balanços, que tem Petrobras e Bradesco à noite.
Aliás, os investidores voltaram a ficar mais atentos aos sinais de enfraquecimento da economia global, que derrubam os preços do petróleo, levando junto as petrolíferas. Afinal, embora os dados sobre a atividade nos Estados Unidos não apontem para uma recessão, os números vindos da China continuam emitindo alerta sobre o mundo afora.
Mercados não leem chinês
Depois de registrar queda nas exportações pelo sexto mês seguido e maior que o esperado, os índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) chinês caíram mais uma vez - e mais que o previsto. O CPI teve queda de 0,2% em outubro, em base anual, enquanto os preços na porta das fábricas na China tombaram 2,6%.
No entanto, não é que a China esteja vivenciando uma deflação, como muito se atesta por aí. O que a segunda maior economia do mundo enfrenta é fraqueza na demanda, tanto interna quanto externa, sendo que esse baixo consumo se reflete em queda nos preços. Na próxima semana, dados de atividade por lá tendem a reforçar essa indicação.
Ou seja, as perspectivas da política econômica e monetária continuam ditando o rumo dos mercados globais, que amanheceram na linha d’água. As esperanças de que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, irá falar sobre política monetária hoje se renovam, após ele ter frustrado as expectativas na véspera.
Assim, os negócios locais devem continuar operando ao sabor do apetite por risco vindo do exterior, esquentando a discussão sobre se vai ter rali de Natal (ou não). Foi dada a largada? Ontem, o Ibovespa interrompeu a sequência de cinco altas e caiu pela primeira vez neste mês. Talvez, então, a resposta a essa pergunta seja conhecida em breve.
💊 Pílulas do Dia
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h15:
EUA/Futuros: Dow Jones+0,11%; S&P 500 +0,03% e Nasdaq -0,08%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,06% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,42% e Petrobras +0,27%;
Europa: Stoxx 600 +0,34%; Frankfurt +0,24%; Paris +0,45%; Londres -0,02%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +1,49%; Hong Kong -0,33%; Xangai +0,03%;
Câmbio: DXY -0,01%, 105.59 pontos; euro -0,12%, a US$ 1,0699; libra +0,11%, a US$ 1,2300; dólar +0,07% ante o iene, a 151,09 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,574%, de 4,568% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,945%, de 4,932% mesma comparação;
Commodities: ouro -0,32%, a US$ 1.951,60 a onça na Comex; petróleo WTI +0,83%, a US$ 75,95 o barril; Brent +0,94%, a US$ 80,32 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (janeiro/24) fechou em +1,63% em Dalian (China), a 937,50 yuans após ajustes (US$ 128,40).