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Mercado espera efeito do CPI nos EUA igual ao do IPCA

Preços ao consumidor no Brasil impulsionam Ibovespa, na contramão dos mercados globais

Preços ao consumidor no Brasil impulsionam Ibovespa, na contramão dos mercados globais
Preços ao consumidor no Brasil impulsionam Ibovespa, na contramão dos mercados globais

O Ibovespa destoou-se dos mercados globais ontem (12), com a inflação no Brasil na contramão do mundo, após a surpresa positiva com o IPCA na véspera. A dúvida, então, é se o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos (CPI) será capaz de fazer o mesmo nesta quarta-feira (13) com os ativos de risco.


Eis a questão. A expectativa é de que a inflação nos EUA registre em agosto a maior alta mensal em mais de um ano, com os combustíveis pressionando os preços no varejo. Com isso, a taxa acumulada em 12 meses deve subir a 3,6%. É por isso que o chamado núcleo do CPI, que exclui itens voláteis, recebe mais atenção hoje.


A previsão é de alta mensal menor, de +0,2% em agosto, em linha com a recente tendência. Já a taxa acumulada do núcleo do CPI deve cair à mínima em 22 meses, a 4,3%, de 4,7% no período anterior. Aliás, é esse recorte do indicador que deve definir as apostas para a decisão de juros do Federal Reserve na semana que vem.


Enquanto aguardam os números efetivos, os futuros dos índices acionários em Nova York amanheceram na linha d’água, com um ligeiro viés de baixa. O petróleo, por sua vez, mantém a escalada recente, o que traz risco de renovada pressão sobre os preços - inclusive de novos reajustes por parte da Petrobras.


Mercado busca alívio passageiro


Apesar de estar bem distante da meta de 2% do Fed, o núcleo do CPI vem diminuindo constantemente desde a máxima em 40 anos, de 6,6% há um ano. Por isso, os investidores alimentam esperanças de que a taxa de juros nos EUA seguirá inalterada não só em setembro, mas também até o fim do ano.


Já no Brasil, a ausência de sinais de pressão inflacionária animaram as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) pode acelerar o ritmo de cortes da taxa Selic em algum momento antes do fim de 2023. Combinadas, essas perspectivas para os bancos centrais aqui e lá fora tendem a aliviar os negócios locais.


Ainda assim, o apetite por risco por aqui deve ser moderado. Afinal, o prêmio pago pelo diferencial de juros (carry trade) já não é mais tão atrativo. Cálculos indicam que a taxa de juros nos EUA mantida em 5,5% por um período prolongado equivale a uma Selic a 20% - bem distante dos atuais 13,25% e com tendência de queda.


Fica claro, então, porque os gringos resolveram sair da bolsa brasileira em agosto e estão titubeando em setembro. Esse movimento também explica as dificuldades do dólar de afastar-se da marca de R$ 5,00, com as moedas rivais mostrando fôlego cada vez mais curto para valorizar-se.


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Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:

EUA/Futuros: Dow Jones -0,18%; S&P 500 -0,19% e Nasdaq -0,25%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; ADRs da Vale +0,37%; ADRs da Petrobras +0,54%;

Europa: Stoxx 600 -0,76%; Frankfurt -0,77%; Paris -0,71%; Londres -0,30%;

Ásia/Fechamento: Nikkei 255 -0,21%; Hong Kong -0,09%; Xangai -0,45%;

Câmbio: DXY +0,07%, 104.79 pontos; euro -0,19%, a US$ 1,0736; libra -0,23%, a US$ 1,2468; dólar +0,21% ante o iene, a 147,39 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,306%, de 4,286% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,037%, de 5,041% mesma comparação;

Commodities: ouro -0,09%, a US$ 1.933,60 a onça na Comex; petróleo WTI +0,48%, a US$ 89,27 o barril; Brent +0,46%, a US$ 92,48 o barril; minério de ferro (janeiro/24) fechou estável em Dalian (China), a 856,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes (~ US$ 117,30).


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