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Mercado, China e maio: Foi-se o tempo

Dados da China não animam Ocidente e gringos põem à prova adágio do mercado no mês


Imagem de um relógio com notas de dólar ao fundo
Dados da China não animam Ocidente e gringos põem à prova adágio do mês
🧪 Dose diária:
🚨 Foi-se o tempo em que os dados de atividade na China animavam o mercado - ao menos no Ocidente. Mas alguém aqui se lembra dos números do varejo e da indústria nos EUA nesta semana?
📅 Sabe-se que, “torturados”, os números dizem o que se quer. Mas o fato é que os dados chineses embalaram Xangai, Hong Kong e o minério de ferro também.
❓Em um mês conhecido pelo adágio “Venda em maio e vá embora”, os investidores, estrangeiros principalmente, parecem ter ajustado o jargão e adotado uma nova versão: Buy in May and Stay.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta sexta-feira (17):

Foi-se o tempo em que os dados da China animavam o mercado - ao menos no Ocidente. A produção industrial chinesa cresceu 6,7% em abril, em base anual, acima da previsão (+5,5%) e da alta registrada em março (+4,5%). As atividades de manufatura, serviços essenciais e mineração, todas, aceleraram, em meio às medidas de apoio do governo.  


Enquanto isso, as vendas no varejo chinês registraram o menor crescimento em 15 meses, de +2,3%, com o consumo doméstico fraco persistindo. A maior queda foi na venda de veículos (-5,6%), mas vale lembrar que as exportações de carros da China para o mundo bateram recorde em abril. Já os investimentos em ativos fixos desaceleraram a 4,2%.



Ou seja, apesar da cautela do consumidor chinês e do setor privado, a demanda externa permanece robusta, o que impulsiona a atividade do até então “chão de fábrica” do mundo. Afinal, alguém aqui se lembra dos números mensais das vendas no varejo e da produção da indústria nos Estados Unidos divulgados nesta semana? Ambos ficaram estáveis.


Sabe-se que, “torturados”, os números dizem o que se quer. Mas o fato é que os indicadores chineses embalaram as bolsas de Xangai e de Hong Kong, com alta ao redor de 1%. O minério de ferro também fechou em alta em Dalian, subindo 2% na semana. Fora da China, prevalece a estabilidade - e não apenas nos dados.  


Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram na linha d’água, em dia de agenda econômica fraca. Já as praças europeias recuam, ao passo que o petróleo ensaia ganhos. Mas quem sobe mesmo é o dólar, recuperando-se das perdas recentes. Por aqui, chama a atenção a alta de quase 2% do Ibovespa nesta primeira metade de maio.


Em um mês conhecido pelo adágio “Venda em maio e vá embora” - na tradução livre do Sell in May and Go Away - os investidores, estrangeiros principalmente, parecem ter ajustado o tradicional jargão e estão adotando uma nova versão: Buy in May and Stay. Até aqui, os gringos já compraram R$ 1,6 bilhão em ações brasileiras, com maio caminhando para ser o primeiro mês de 2024 com ingresso líquido de recursos externos neste ano.



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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h:

EUA/Futuros: Dow Jones -0,01%; S&P 500 +0,01% e Nasdaq +0,04%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,22% no pré-mercado; nos ADRs, Vale +0,95% e Petrobras +0,46%;

Europa: índice Stoxx 600 -0,27%; Frankfurt -0,32%; Paris -0,35% e Londres -0,34%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -0,34%; Hong Kong +0,91%; Xangai +1,01%;

Câmbio: DXY +0,25%, aos 104.73 pontos; euro -0,24%, a US$ 1,0843; libra -0,13%, a US$ 1,2655; dólar +0,28% ante o iene, a 155,83 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,391%, de 4,381% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,795%, de 4,806% na mesma comparação;

Commodities: ouro -0,10%, a US$ 2.387,90 a onça na Comex; petróleo WTI+0,04%, a US$ 79,28 o barril; Brent +0,20%, a US$ 83,44 barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em +1,43% em Dalian (China), a 885 yuans após ajustes (US$ 123,78). 


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