Mercado à espera
- Olívia Bulla
- há 1 dia
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Mercado aguarda Super Quarta atento às conversas entre EUA e China
A China ainda não voltou da pausa pelo Dia do Trabalhador, mas veio de lá a principal notícia para o mercado financeiro. Durante o feriado, Pequim mostrou-se pronta para iniciar negociações comerciais com os Estados Unidos.
Na prática, os dois países vivem um embargo comercial de facto. Portanto, Washington precisa estar preparado para “corrigir suas práticas erradas”, cancelando as “tarifas recíprocas”, se realmente quiser conversar.
A notícia trouxe alívio aos mercados na última sexta-feira. As bolsas de Nova York subiram com força, apoiadas também nos dados robustos sobre o emprego nos EUA, enquanto o Ibovespa ficou no zero a zero na sessão espremida entre a pausa do dia anterior e o fim de semana.
Nesta manhã, porém, os futuros dos índices acionários norte-americanos têm queda firme, acompanhando as fortes perdas do petróleo. Os investidores reagem à decisão do cartel de países exportadores (Opec+) de elevar a produção enquanto aguardam os principais eventos desta semana.
Mercado espera sentado
O destaque fica com mais uma Super Quarta, quando os bancos centrais dos EUA e do Brasil anunciam suas decisões de juros no mesmo dia. Apesar da renovada pressão de Donald Trump, o Federal Reserve não deve reduzir a taxa do intervalo atual entre 4,25% e 4,5%.
Já o Comitê de Política Monetária (Copom) terá de se desdobrar para esclarecer os motivos de qualquer novo aperto na Selic em meio às incertezas com a guerra comercial. Talvez a melhor explicação seja a dose já contratada no comunicado da reunião anterior.
Só não se sabe de quanto será a dose desta vez. Seja qual for a magnitude, o Copom deve parar por aí. Pelo simples motivo de que ninguém pode ficar em cima do muro na disputa entre EUA e China.
Apesar dessas certezas, o mercado deve permanecer em compasso de espera até quarta-feira (dia 7). Como se os investidores ainda estivessem esperando pelo fim do ambiente externo volátil, agora que a China se mostrou disposta a conversar, pelo retorno às normas tradicionais, entre elas a do livre comércio e os juros baixos nos EUA.
