Cardápio do dia nos mercados traz sopa de letrinhas
Relatório ADP e mudanças no JCP são o prato principal desta quarta-feira
Dose diária: 🍲 Uma sopa de letrinhas é o prato principal dos mercados nesta quarta-feira (6). No exterior, os investidores aguardam os dados da pesquisa ADP (10h15) sobre a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos em novembro.
😋 Aqui, a inclusão de mudanças no mecanismo do JCP na MP da subvenção é o destaque do dia. Mas nada disso deve causar indigestão nos negócios. Tampouco deve-se aguçar o apetite por risco.
🚨 Após o rali recente, o Ibovespa acompanha o comportamento lateral das bolsas de Nova York, alternando leves altas e baixas nos últimos dias, digerindo os ganhos acumulados e avaliando se será necessário pôr para fora parte do que foi absorvido.
Uma sopa de letrinhas é o prato principal dos mercados nesta quarta-feira (6). Enquanto no exterior os investidores aguardam os dados da pesquisa ADP (10h15) sobre a criação de vagas no setor privado dos Estados Unidos em novembro; aqui, a inclusão de mudanças no mecanismo do JCP na MP da subvenção é o destaque do dia.
Mas nada disso deve causar indigestão nos negócios. Tampouco deve-se aguçar o apetite por risco. Após o rali recente, o Ibovespa acompanha o comportamento lateral das bolsas de Nova York, alternando leves altas e baixas nos últimos dias, digerindo os ganhos acumulados e avaliando se será necessário pôr para fora parte do que foi absorvido.
Siglas importam
Tudo vai depender do relatório oficial de emprego nos EUA (payroll), que só sai na sexta-feira (8). Como já dito aqui, apenas quando o mercado de trabalho norte-americano começar a dar sinais de esfriamento, com queda na demanda por mão de obra, é que o crescimento dos salários irá diminuir, reduzindo a pressão sobre os preços (leia-se inflação).
Só assim é que o Federal Reserve irá se sentir satisfeito e, portanto, confortável para promover um pivô no ciclo da taxa de juros. Ontem, o relatório Jolts já deu as primeiras pistas, ao mostrar queda na oferta de vagas no mercado de trabalho nos EUA, o que ampliou para 65% a chance de que o primeiro corte do Fed aconteça em março.
Já a terceira surpresa positiva consecutiva com o desempenho da economia brasileira no trimestre passado esvaziou as apostas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) irá acelerar em breve o ritmo de queda da taxa Selic. Apesar de errarem na previsão dos números, os economistas acertaram em uma coisa: a atividade está em desaceleração.
Com isso, independente do que irá revelar a pesquisa ADP hoje e das alterações na base de cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio apenas para coibir o planejamento tributário, o que importa para os mercados é o que o Fed e o Copom irão sinalizar na última “Super Quarta” deste ano, na semana que vem. Portanto, as siglas importam mais que as letras.
💊 Pílulas do Dia
Tudo que reluz é ouro: Metal precioso atinge máxima histórica com expectativa de corte nos juros dos EUA e deve continuar cravando recordes em 2024. Leia aqui.
‘Rachadinha’: Fundos imobiliários ‘racham’ a conta dos custos das ofertas de cotas com investidores - até mesmo aqueles que não participam da operação. Confira.
Qual é o limite?: Pesquisa aponta limite para que reuniões não prejudiquem a produtividade. Entenda.
⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,09%; S&P 500 +0,20% e Nasdaq +0,30%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) +0,47% no pré-mercado; nos ADRs, os da Vale tinham +1,15% e os da Petrobras, +0,14%;
Europa: Stoxx 600 +0,18%; Frankfurt +0,09%; Paris +0,16%; Londres +0,28%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +2,047%; Hong Kong +0,83%; Xangai -0,11%;
Câmbio: DXY -0,08%, 103.97 pontos; euro -0,07%, a US$ 1,0792; libra +0,04%, a US$ 1,2602; dólar +0,15% ante o iene, a 147,38 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,194%, de 4,175% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,620%, de 4,558% mesma comparação;
Commodities: ouro +0,18%, a US$ 2.040,00 a onça na Comex; petróleo WTI -1,24%, a US$ 71,43 o barril; Brent -0,90%, a US$ 76,50 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido passou a ser o de maio/24 e fechou em +1,22% em Dalian (China), a 916 yuans após ajustes (US$ 127,93).