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Mercado de olho nos BCs


As decisões de política monetária no Japão e nos Estados Unidos, ambas na quarta-feira, ditam o rumo dos mercados financeiros. À espera desses eventos, os investidores aproveitam para recompor suas posições nos ativos, em meio ao otimismo de que o Federal Reserve irá adiar o aumento dos juros norte-americanos. Essa percepção impulsiona as commodities, o que embala as ações de petrolíferas e mineradoras no exterior.

As principais bolsas europeias estão em alta, seguindo o sinal positivo que prevaleceu na Ásia e a indicação de um dia de ganhos em Nova York, com a recuperação do petróleo alimentando o apetite por risco. A commodity avança após atingir o menor valor em um mês, diante da redução da oferta na Líbia por causa de disputas territoriais e da perspectiva de que os maiores produtores irão agir para estabilizar os preços do barril.

Esse movimento embala uma caça por pechinchas entre as ações, animando os mercados emergentes. Nas moedas, o dólar perde terreno ante os rivais, o que também fortalece as divisas de países produtores e exportadores de commodities, com destaque para o dólar australiano e o peso mexicano.

Ainda assim, a semana começa com os negócios mais ansiosos pela reunião do Fed, que começa amanhã. Embora a expectativa majoritária seja de manutenção dos juros nos EUA neste mês, com apenas 20% de chance de aperto, as apostas são de mudança no tom do comunicado e no placar da decisão, sinalizando que um aperto monetário deve ocorrer neste ano - provavelmente em dezembro.

O encontro de setembro será seguido pela divulgação das previsões do Fed para emprego, inflação, juros e crescimento econômico nos EUA, bem como pela entrevista coletiva da presidente, Janet Yellen. Horas antes da decisão do Fed, na virada de terça para quarta-feira, o Banco Central japonês (BoJ) anuncia sua decisão de política monetária.

Em relação ao Japão, o mercado está dividido quanto a algum relaxamento adicional de estímulos, que já incluem taxa de juros negativa e amplo programa de compra de ativos. Essa incerteza aguçou a volatilidade, que voltou a reinar nos negócios na semana passada, diante das preocupações de que o Japão e a Europa estão hesitantes em lançar ações sem precedentes, em um momento em que os EUA caminham para apertar os juros.

Já nesta segunda-feira a agenda econômica no exterior traz apenas o índice de confiança do consumidor norte-americano em setembro (11h). No Brasil, destaque para o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de julho, que deve registrar ligeira alta, de 0,25%, ante junho, mas seguir em queda na comparação com um ano antes (-4,20%).

O dado será conhecido às 8h30, juntamente com a Pesquisa Focus. À tarde, tem os números semanais da balança comercial (15h). Mas o grande destaque da agenda nacional é a prévia da inflação oficial ao consumidor do país em setembro, medida pelo IPCA-15. O dado será divulgado na quinta-feira e deve desacelerar em relação ao resultado de agosto.

Também são esperados para esta semana, mas ainda sem data definida, os números sobre o emprego formal (Caged) e a arrecadação federal. No âmbito externo, merece atenção ainda a preliminar de setembro dos índices sobre as atividades da indústria e do setor de serviços na zona do euro e nos EUA, na sexta-feira.

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