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Fim do mês


Outubro chega ao fim para os mercados financeiros nesta sexta-feira e, de quebra, novembro começa com um feriado no Brasil, na próxima segunda-feira, o que deve trazer uma dose extra de volatilidade aos negócios locais antes do fechamento dos portfólios do mês. No exterior, os investidores seguem ajustando à perspectiva de fim do juro zero nos Estados Unidos em dezembro, ao passo que o Banco Central do Japão (BoJ) absteve-se em adicionar mais estímulos.

A Bolsa de Tóquio subiu 0,78%, liderando os ganhos na Ásia, a despeito da recusa do BoJ em intensificar o afrouxamento monetário. Ao mesmo tempo, a autoridade monetária adiou a previsão de tempo para alcançar a meta de inflação de 2%, pela segunda vez neste ano. O presidente do BC japonês, Haruhiko Kuroda, disse que o preço do petróleo é responsável por esse adiamento e prevê, agora, que o alvo ao consumidor será atingido até março de 2017. A commodity segue em queda nesta manhã, mas o cobre avança.

Ainda na região, a Bolsa de Xangai subiu 0,3%, impulsionada por ações de empresas ligadas a negócios com crianças - de fabricante de produtos infantis a brinquedos - após o fim da política de filho único na China. PetroChina, por sua vez, liderou as perdas, após reportar um balanço pior que o esperado. Ainda assim, o mercado acionário chinês garantiu o primeiro ganho mensal desde maio, de pouco mais de 10%.

Entre as moedas, destaque para o salto do yuan chinês, que subiu tanto nas negociações locais quanto offshore, antes das discussões do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a sua inclusão do renminbi como moeda de reserva. O movimento estimulou as divisas de países emergentes e correlacionadas às commodities. Porém, o ringgit malaio caminha para a terceira semana de desvalorização.

No Ocidente, as principais bolsas europeias reagem aos dados sobre os preços ao consumidor e sobre a taxa de desemprego na região da moeda única, que reforçam as apostas de estímulo monetário adicional por parte do Banco Central Europeu (BCE) antes do fim do ano. Já Wall Street vai se adaptando à ideia do fim de um longo período de quase 10 anos sem nenhum aperto sequer nas taxas dos Fed Funds.

Os índices futuros das bolsas de Nova York estão em alta nesta manhã, acelerando os ganhos após a notícia de que o governo dos Estados Unidos evitou um calote (default) catastrófico da dívida pública do país, já que o Congresso aprovou o plano fiscal. O projeto será encaminhado ao presidente norte-americano, Barack Obama, e amplia os empréstimos do país até março de 2017, aumentando os gastos em programas domésticos e de defesa.

Internamente, o número referente ao déficit primário de 2015 continua sendo uma incógnita. Ontem, o relator da proposta que altera a meta fiscal deste ano disse que, com as "pedaladas", o saldo negativo pode chegar a R$ 117,9 bilhões (2,05% do PIB) - um valor superior aos R$ 110 bilhões dito ontem pelo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, e também aos R$ 55 bilhões, anunciados na semana passada.

A agenda econômica do dia está fraca no Brasil, mas segue carregada nos EUA, trazendo a divulgação da renda e dos gastos pessoais em setembro (10h30); do índice de atividade industrial em outubro (11h45) e da confiança do consumidor neste mês (12h). Na safra de balanços, saem os números trimestrais das petrolíferas Chevron e ExxonMobil.

Por aqui, tem apenas sondagens da FGV sobre o comércio e o setor de serviços, às 8 horas. Na temporada de resultados financeiros, destaca para as empresas do setor de consumo, com o balanço da AmBev, antes da abertura, e da Hypermarcas, depois do fechamento. Entre os eventos de relevo, a presidente Dilma Rousseff cumpre agenda em Minas Gerais, enquanto o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está no Marrocos.

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