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Estímulos na China visam equacionar demanda global fraca e alta de custos


O enfraquecimento da demanda global e o aumento dos custos de produção pesam na balança comercial da China. Combinadas, as quedas de quase 15% das exportações chinesas em março e de mais 12% nas importações, em comparação com um ano antes, revelam a necessidade de Pequim em adotar medidas para estimular alguns setores da economia, visando à meta de 6% de crescimento do comércio exterior neste ano.

Isso porque o superávit comercial chinês de apenas US$ 3 bilhões no mês passado deve pesar na performance do PIB da segunda maior economia do mundo no primeiro trimestre deste ano, já que a balança comercial chinesa encolheu em março mais de 60% ante o saldo positivo de um ano antes. “De modo geral, o comércio exterior da China está em declínio uma vez que a recuperação global é lenta, e a pressão doméstica descendente está aumentando”, afirmou à agência estatal chinesa Xinhua, o porta-voz da Administração Geral das Alfândegas (GAC), Huang Dongping.

Nos três primeiros anos de 2015, o volume de comércio exterior transacionado entre a China e o mundo caiu 6%, a US$ 902,3 bilhões, refletindo o menor apetite por bens. Porém, o superávit comercial de US$ 125,9 bilhões entre janeiro e março deste ano marca um aumento de seis vezes em relação ao do ano passado, com alta de 4,9% nas vendas ao exterior e recuo de 17,3% nas compras chinesas no restante do globo.

Diante desses sinais, analistas reforçam a visão de que o comércio exterior da China caiu no primeiro trimestre do ano devido à fraca demanda externa e a flutuações cambiais. Por isso, avaliam, novas medidas devem estar a caminho, visando solucionar, ao menos, o problema interno de baixo consumo doméstico e de alto custo produtivo.

Entre os exemplos do que vem sendo feito, o governo chinês estaria oferecendo reembolso de impostos para algumas áreas de manufatura e renúncias fiscais em iniciativas de infraestrutura, sobretudo rodoviária. Além disso, o país estaria importando mais equipamentos de ponta para aumentar a produção doméstica.

A imprensa chinesa vem noticiando que o país também está acelerando projetos de manufatura no exterior, tais como os que se referem ao trem de alta-velocidade. Segundo a Xinhua, pelo menos 700 trens “mande in China” serão colocados em operação apenas no serviço de metrô da capital argentina, Buenos Aires.

Tudo isso está entre as opções no cardápio, mas mais medidas ainda podem estar no forno...

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