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O alívio que não refresca

Mercados interrompem selloff, mas amanhecem sob renovada pressão

Mercados interrompem selloff, mas amanhecem sob renovada pressão
Dose diária: A pausa na derrocada dos mercados globais ontem (4) foi um alívio que não refresca. Tanto que nesta quinta-feira (5) os ativos de risco amanhecem sob renovada pressão, mostrando sinais de fragilidade no movimento da véspera. Afinal, os dados fracos sobre a geração de vagas no setor privado dos Estados Unidos não são um indicativo de tendência. Os números da pesquisa ADP foram apenas “a versão educada” para o mercado reverter a forte onda vendedora (selloff) nas Treasuries. Com isso, os investidores aguardam agora o relatório oficial de emprego nos EUA (payroll), amanhã (6). Seja como for, nada deve mudar a perspectiva de que não haverá cortes na taxa de juros dos EUA neste ano. Diante disso, o Ibovespa e o real movimentam-se a reboque do ambiente no exterior. A dúvida que fica então é: até quando vai esse movimento?

A pausa na derrocada dos mercados globais ontem (4) foi um alívio que não refresca. Tanto que nesta quinta-feira (5) os ativos de risco amanhecem sob renovada pressão, mostrando sinais de fragilidade no movimento da véspera.


Isso porque os dados fracos sobre a geração de vagas no setor privado dos Estados Unidos não são um indicativo de tendência. Os números da pesquisa ADP foram apenas “a versão educada” para o mercado reverter a forte onda vendedora (selloff) nas Treasuries, deixando claro que o gatilho para o movimento de aversão ao risco são as taxas de juros nos EUA.


Com isso, os investidores aguardam o relatório oficial de emprego nos EUA (payroll), amanhã (6). Hoje saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego (9h30). Seja como for, nada deve mudar a perspectiva de que não haverá cortes na taxa de juros dos EUA neste ano.


Ao contrário, podem reforçar as chances de novo aumento pelo Federal Reserve em novembro. As falas previstas de integrantes do Fed ao longo do dia devem influenciar os negócios hoje, em meio ao mantra de juros altos por mais tempo.


Até quando?


Diante disso, o Ibovespa e o real movimentam-se a reboque do ambiente no exterior - e não o contrário, como se o Brasil fosse capaz de influenciar o mercado externo. A dúvida que fica então é: até quando vai esse movimento?


Considerando-se que os investidores começaram a entender a mensagem do Fed de forma lenta logo no início de agosto e aceleraram o passo apenas nas últimas semanas de setembro, tudo indica que o ajuste ainda pode durar um pouco mais. Talvez até novembro.


Aliás, na virada do mês ocorre a próxima Super Quarta. É quando o Fed e o Comitê de Política Monetária (Copom) reúnem-se e anunciam suas respectivas decisões de juros em um intervalo de poucas horas. Até lá, qualquer novo alívio não será nenhum refresco.


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Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:

EUA/Futuros: Dow Jones -0,30%; S&P 500 -0,26% e Nasdaq -0,19%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,72% no pré-mercado; nos ADRs, da Petrobras -0,79% e da Vale -0,24%;

Europa: Stoxx 600 +0,26%; Frankfurt -0,07%; Paris -0,06%; Londres +0,40%;

Ásia/Fechamento: Tóquio +1,80%; Hong Kong +0,10%; Xangai fechada por feriado;

Câmbio: DXY -0,01%, 106.79 pontos; euro +0,08%, a US$ 1,0513; libra -0,06%, a US$ 1,2128; dólar -0,20% ante o iene, a 148,84 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,717%, de 4,736% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,025%, de 5,071% mesma comparação;

Commodities: ouro +0,09%, a US$ 1.836,40 a onça na Comex; petróleo WTI -1,61%, a US$ 82,85 o barril; Brent -1,72%, a US$ 84,34 o barril; Dalian sem pregão por uma semana devido a um feriado na China.

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