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Mercados voltam do feriado com ajustes

Ativos brasileiros caíram ontem em NY, mas mercados devem se ajustar aos fatos

Ativos brasileiros caíram ontem em NY, mas mercados devem se ajustar aos fatos
Ativos brasileiros caíram ontem em NY, mas mercados devem se ajustar aos fatos
Dose diária: Os mercados domésticos voltam da pausa no feriado com uma queda contratada para o Ibovespa, ao menos na abertura do pregão. Isso porque os ativos brasileiros tiveram um dia de queda em Nova York ontem (12). Já o dólar deve seguir firme na faixa de R$ 5,00 hoje, em meio à renovada escalada nos rendimentos (yields) dos títulos dos Estados Unidos (Treasuries). O gatilho para esse movimento foi a inflação ao consumidor nos EUA em setembro. O comportamento das Treasuries recuperou as apostas de novo aumento na taxa de juros pelo Federal Reserve em novembro. Fato é que foi a primeira vez desde o fim da semana passada que os mercados globais reagiram aos acontecimentos como esperado. Portanto, os mercados precisam fazer a sua parte e não olhar apenas para a aparência.

Os mercados domésticos voltam da pausa no feriado nesta sexta-feira (13) com uma queda contratada para o Ibovespa, ao menos na abertura do pregão. Isso porque o principal fundo de índice (ETF) brasileiro, o EWZ, fechou em queda ao redor de 2% em Nova York ontem (12), assim como os recibos de ações (ADRs) - o da Vale caiu 2%.


Já o dólar deve seguir firme na faixa de R$ 5,00 hoje, em meio à renovada escalada nos rendimentos (yields) dos títulos dos Estados Unidos (Treasuries). O gatilho para esse movimento foi a inflação ao consumidor nos EUA em setembro. O CPI subiu 0,4% em termos mensais, com taxa anual de 3,7%. As previsões eram de 0,3% e 3,6%, nesta ordem.


Por sua vez, o núcleo da inflação, que exclui itens voláteis, ficou em linha com as expectativas. Ainda assim, a ligeira surpresa positiva no índice cheio foi suficiente para fazer os yields dos bônus dos EUA (T-note) dispararem. Enquanto o título de 2 anos voltou a ficar acima de 5%, o papel de 30 anos teve o maior avanço diário desde 2020.


Esse comportamento das Treasuries recuperou as apostas de novo aumento na taxa de juros pelo Federal Reserve em novembro. Afinal, a inflação nos EUA segue bem longe da meta de 2% do Fed. Ainda que não ocorra um aperto adicional neste ano, os juros nos EUA devem permanecer em níveis elevados, o que recupera a narrativa do “higher for longer”.


Mercados precisam se ajustar aos fatos


Fato é que foi a primeira vez desde o fim da semana passada que os mercados globais reagiram aos acontecimentos como esperado. Até então, viu-se um bom desempenho dos ativos de risco apesar das turbulências geopolíticas e dos dados robustos sobre o emprego nos EUA.


Por aqui, um IPCA sólido, mostrando que a inflação não é um problema de curto prazo, levou os investidores não só a descartar qualquer chance de aceleração da queda da taxa Selic como também a incorporar a possibilidade de um ritmo mais lento dos cortes. Ou seja, nenhum desses movimentos faz muito sentido.


Daí, então, vale resgatar a mensagem trazida na ata da reunião de setembro do Fed, que diz que a autoridade monetária “não é apenas dependente dos dados, mas também do mercado”. Isso significa que se os yields das Treasuries subirem, o Fed não precisa, efetivamente, elevar a taxa de juros novamente.


Porém, se os yields caírem na perspectiva de que o Fed não irá promover nenhum novo aumento, então, ironicamente, será obrigado a fazê-lo. Caso isso aconteça, obviamente torna-se mais remota a perspectiva de um pouso suave da economia dos EUA. Portanto, os mercados precisam fazer a sua parte e não olhar apenas para a aparência.


Agenda do dia em destaque


Aliás, os dados divulgados na China sugerem que a recuperação econômica continua um desafio - e não apenas por lá. Enquanto o índice de preços ao consumidor chinês continuou flertando com a desinflação, as exportações chinesas caíram pelo quinto mês consecutivo, em um sinal de que não é apenas a atividade doméstica que precisa de estímulos.


Na agenda econômica do dia, a ver como está a confiança do consumidor norte-americano (11h) e a resiliência dos bancos dos EUA ao juro alto, ao darem início à temporada de resultados do terceiro trimestre nesta manhã. JP Morgan, Wells Fargo e Citigroup serão os primeiros a reportar seus balanços, antes da abertura do pregão em Wall Street.


Pílulas do Dia 💊

Ativos israelenses: Bolsa de Tel Aviv se recupera do tombo no dia seguinte ao ataque do Hamas, enquanto Banco Central de Israel resgata shekel. Saiba mais.

Ativos brasileiros: Ibovespa em dólar (EWZ) fechou em queda em Nova York, assim como os recibos de ações (ADRs) brasileiras, em dia de feriado aqui. Confira.

‘Solução Final’: Militares israelenses dão 24 horas para civis deixarem a Cidade de Gaza. Leia aqui.

133%: Banco Central da Argentina eleva taxa de juros a 133% ao ano, à medida que inflação anual se aproxima de 140% em setembro. Saiba mais.


Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h:

EUA/Futuros: Dow Jones -0,14%; S&P 500 -0,27% e Nasdaq -0,50%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; nos ADRs, da Petrobras +1,20% e da Vale +0,15%;

Europa: Stoxx 600 -0,80%; Frankfurt -0,95%; Paris -0,79%; Londres -0,57%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -0,55%; Hong Kong -2,33%; Xangai -0,64%;

Câmbio: DXY -0,06%, 106.53 pontos; euro -0,01%, a US$ 1,0529; libra +0,11%, a US$ 1,2188; dólar -0,13% ante o iene, a 149,62 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,649%, de 4,702% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,041%, de 5,075% mesma comparação;

Commodities: ouro +0,86%, a US$ 1.899,10 a onça na Comex; petróleo WTI +3,70%, a US$ 85,98 o barril; Brent +3,86%, a US$ 89,32 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (janeiro/24) fechou em +0,96% em Dalian (China), a 838 yuans após ajustes (~US$ 114).





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