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Mercados tomam fôlego antes de semana agitada

Mercados seguem pesados e se preparam para dados e balanços

Mercados seguem pesados e se preparam para dados e balanços
Mercados seguem pesados e se preparam para dados e balanços
Dose diária: Os mercados globais iniciam a segunda-feira (23) em ritmo lento, ainda pesados pelas incertezas geopolíticas e pela probabilidade de juros mais altos por mais tempo. Os investidores se preparam para uma semana agitada, com as atenções divididas entre indicadores econômicos e a temporada de balanços. Por ora, as bolsas em Nova York e a B3 Ibovespa devem ter dificuldades em absorver o retrospecto negativo. As ações globais seguem prejudicadas pela escalada nos yields das Treasuries, com a T-note voltando a testar a marca de 5% hoje. Esse comportamento reflete o pessimismo quanto ao fim do ciclo de aperto dos juros pelo Federal Reserve em breve e os ativos locais devem seguir apenas a reboque desse movimento.

Os mercados globais iniciam a segunda-feira (23) em ritmo lento, ainda pesados pelas incertezas geopolíticas e pela probabilidade de juros mais altos por mais tempo. Os investidores tomam fôlego enquanto se preparam para uma semana agitada, com as atenções divididas entre indicadores econômicos e a temporada de balanços.


Por ora, as bolsas em Nova York e a B3 não conseguem absorver o retrospecto negativo, sinalizando uma piora do desempenho da semana passada. Enquanto o Ibovespa fechou no menor nível desde junho, acumulando perdas de quase 3% em outubro, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq registraram, todos, as maiores quedas semanais em um mês.


As ações globais foram prejudicadas pela escalada no rendimento (yields) dos títulos americanos (Treasuries), com a nota do Tesouro de 10 anos (T-note) batendo a marca de 5% durante o pregão. O impacto dessa subida ainda se faz sentir nos mercados hoje. Tanto que os yields voltam a testar este nível psicológico, penalizando os ativos de risco.


Com isso, os índices futuros de Wall Street amanheceram no vermelho, após uma sessão negativa na Ásia, onde as bolsas chinesas afundaram. O índice Xangai Composto fechou no nível mais baixo em um ano e o Shenzhen Composto, na mínima em quatro anos. As ações de tecnologia lideraram as perdas, com destaque para o tombo de 10% da Foxconn.


As praças europeias também iniciaram a segunda-feira em queda, testando níveis não vistos há alguns meses, com o “bund” alemão acompanhando o bônus americano e se aproximando de 3%. Já o petróleo alterna altas e baixas, tentando se firmar na faixa de US$ 90 o barril, enquanto o minério de ferro tombou no mercado futuro chinês.


Mercados entre a cruz e a espada


O movimento das Treasuries reflete o pessimismo dos investidores quanto ao fim do ciclo de aperto dos juros pelo Federal Reserve em breve. Isso significa que não só um novo aumento pode estar chegando assim como os cortes não virão até o fim do próximo ano.


Os ativos locais vão apenas a reboque desse movimento lá fora. Ainda assim, o comportamento do petróleo amortece parte da queda por aqui, com a Petrobras segurando a bolsa brasileira, enquanto o dólar tem se mantido estável, perto de R$ 5,00.


Porém, os mercados estão preocupados com o impacto da tensão geopolítica no Oriente Médio sobre os preços das commodities, o que tende a pressionar a inflação. De quebra, dificulta a tarefa dos bancos centrais, fazendo com que a taxa Selic siga em dois dígitos.


Ao mesmo tempo, há dúvidas quanto à capacidade das empresas em repassar os preços mais altos aos consumidores. Talvez, por isso, os investidores não gostaram nada da decisão da Petrobras de reduzir os preços da gasolina. Ainda assim, o anúncio desencadeou uma série de revisões para baixo para o IPCA neste ano.


Mercados têm agenda cheia


Mercados atentos ao calendário de indicadores e eventos econômicos
Mercados atentos ao calendário de indicadores e eventos econômicos

Por isso, os mercados estarão atentos ao calendário de indicadores e eventos econômicos dos próximos dias, que pode trazer maior clareza sobre esse cenário, tanto em termos macro quanto micro. Também merece alguma atenção a agenda política em Brasília.


O destaque fica com a safra de resultados, que continua nos EUA, com o ‘F’, o ‘M’, o ‘G’ e um dos ‘A’ das big techs que formam a sigla FATAMG (Facebook, Apple, Tesla, Amazon, Microsoft e Google) divulgando seus números, e tem início no Brasil. A largada aqui será na quarta-feira (25), quando Klabin e Santander publicam seus demonstrativos trimestrais.


No dia seguinte (26), Vale e Suzano entram em cena. De um modo geral, as empresas devem apresentar números sólidos, refletindo a aceleração do crescimento da economia brasileira no período. Os bancos devem ser destaque, enquanto o varejo é dúvida.


Porém, são os EUA que divulgam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, na quinta-feira. Um dia depois (27), sai o índice de preços PCE em setembro. Já um dia antes, a inflação é destaque na agenda doméstica, com o anúncio do IPCA-15.


Também na quinta-feira merece atenção a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE). Aliás, dirigentes do Fed voltam a discursar ao longo da semana, com o foco concentrado no presidente Jerome Powell, em palestra na quarta-feira.


Portanto, é possível perceber que o calendário de indicadores e eventos econômicos ganha força apenas nos próximos dias. Neste início de semana saem apenas dados de atividade, começando pela China, que informa o desempenho da indústria e dos serviços à noite.


Além disso, por motivos de força-maior, A Bula do Mercado faz uma pausa no fim desta semana, entre quinta e sexta-feira, interrompendo as publicações. Fique de olho!


Pílulas do Dia 💊

Entre balanços e dados: Agenda da semana traz temporada de resultados nos EUA e no Brasil, além de prévia da inflação (IPCA-15) e PIB americano. Confira.

Bis x KitKat: Fabricante de chocolate Mondelez sente gosto amargo da disputa política no Brasil. Entenda.

Mundo do Trabalho: Qual é o lado B da jornada de 4 dias? Saiba mais.

Inadimplência nos FIIs: Fortesec e GPK renegociam dívidas de CRIs após ‘demolição’ de 4 FIIs. Leia aqui.


Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h:

EUA/Futuros: Dow Jones -0,62%; S&P 500 -0,68% e Nasdaq -0,86%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) sem negociação no pré-mercado; nos ADRs, da Petrobras -0,74% e da Vale -0,24%;

Europa: Stoxx 600 -0,80%; Frankfurt -0,90%; Paris -0,47%; Londres -0,72%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -0,83%; Hong Kong -0,72%; Xangai -1,47%;

Câmbio: DXY -0,03%, 106.13 pontos; euro -0,03%, a US$ 1,0593; libra -0,14%, a US$ 1,2148; dólar +0,09% ante o iene, a 149,97 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 5,017%, de 4,928% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,123%, de 5,110% mesma comparação;

Commodities: ouro -0,17%, a US$ 1.991,10 a onça na Comex; petróleo WTI -0,13%, a US$ 87,97 o barril; Brent -0,35%, a US$ 91,84 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (janeiro/24) fechou em -2,69% em Dalian (China), a 833 yuans após ajustes (~US$ 114).



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