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Mercado na defensiva após Israel declarar guerra

Investidor busca proteção em ativos seguros, como o dólar; petróleo dispara

Investidor busca proteção em ativos seguros, como o dólar; petróleo dispara
Investidor busca proteção em ativos seguros, como o dólar; petróleo dispara
Dose diária: Os mercados globais não terão tempo para se recuperar das perdas registradas nos primeiros dias de outubro e devem seguir em queda nesta segunda-feira (9). Isso porque a lista de focos de preocupação ganhou mais um item desde sábado (7), após o ataque surpresa do Hamas a Israel. De modo geral, os investidores buscam proteção em ativos seguros, como o dólar, e se põem na defensiva, preparando-se para uma guerra na região. Ainda assim, o feriado hoje pelo Dia de Colombo nos EUA mantém o mercado de bônus fechado, o que reduz o ritmo da busca desenfreada por segurança, com os investidores optando por elevar a cautela ao invés de mostrarem nervosismo e aversão ao risco. Na quinta-feira (12), a pausa será no Brasil, devido a um feriado. Até lá, o Ibovespa deve andar a reboque do ambiente internacional.

Os mercados globais não terão tempo para se recuperar das perdas registradas nos primeiros dias de outubro, após o ‘emaranhado de dados’ de emprego nos Estados Unidos reforçar a tese do Federal Reserve de juros altos por mais tempo. A expectativa é de que os ativos de risco sigam em queda nesta segunda-feira (9).


Isso porque a lista de focos de preocupação ganhou mais um item desde sábado (7), após o ataque surpresa do Hamas a Israel. No entanto, a violência do episódio não será tratada aqui, atendo-se apenas às análises econômico-financeiras que o conflito no Oriente Médio irrompe, embora se reconheça o aumento da tensão geopolítica mundial.


De modo geral, os investidores buscam proteção em ativos seguros, como o dólar, e se põem na defensiva, preparando-se para uma guerra na região. Ao mesmo tempo, a semana promete ser intensa, em termos de indicadores e eventos econômicos, com destaque para dados de inflação no Brasil (IPCA) e nos EUA (CPI), além da ata da última reunião do Fed - todos a partir de quarta-feira (11).


Mercado reage ao conflito


O efeito imediato do conflito, como esperado, é no petróleo. O preço do barril dos tipos WTI e Brent saltaram cerca de 4% na primeira reação, ainda no domingo (8) à noite. Nesta manhã, a commodity sustenta os ganhos firmes, recompondo parte das perdas na semana passada. Porém, o barril segue cotado abaixo da marca de US$ 90.


Nas bolsas, os índices futuros em Nova York amanheceram no vermelho, com perdas moderadas, inferiores a 1%. Já na Europa e na Ásia, o desempenho é misto, enquanto Londres exibe leve alta, as demais praças europeias apresentam ligeiras baixas. Da mesma forma, a volta dos negócios em Xangai após a longa pausa de uma semana foi sem brilho.


Desta vez, foi a passagem de um tufão que interrompeu parte da sessão em Hong Kong, onde as preocupações com o setor imobiliário chinês novamente limitaram os ganhos. Ainda assim, a China está atenta à piora do cenário geopolítico, com as dificuldades dos EUA em se garantir como potência hegemônica mantendo Taiwan em alerta.


Semana tem feriados


O feriado hoje pelo Dia de Colombo nos EUA mantém o mercado de bônus fechado e enxuga parte da liquidez. Ao mesmo tempo, a ausência dos negócios com Treasuries reduz o ritmo da busca desenfreada por segurança, com os investidores optando por elevar a cautela ao invés de mostrarem nervosismo e aversão ao risco.


Ainda assim, o avanço dos preços do petróleo põe em xeque todo o esforço do Fed até aqui para domar a inflação, o que pode renovar a escalada dos rendimentos (yields) dos títulos americanos, deixando em aberto a possibilidade de novo aperto nos juros dos EUA em novembro - ou depois. Por ora, as apostas de manutenção seguem majoritárias, mas isso não deve ampliar o espaço para reduzir mais a taxa Selic aqui.


Aliás, na quinta-feira (12), a pausa será no Brasil, devido a um feriado, o que deve esvaziar o pregão do dia seguinte (13). Até lá, o Ibovespa deve andar a reboque dos mercados no exterior, com a força do dólar penalizando os ativos locais, enquanto o petróleo tende a sustentar a Petrobras. Assim, os mercados domésticos devem ficar à deriva, navegando no vaivém do ambiente internacional.


Pílulas do Dia 💊

O que é o Oriente Médio: Entenda a guerra declarada por Israel e o impacto nos mercados globais.

Semana cheia: Dados de inflação no Brasil e nos EUA, ata do Fed e início da safra de balanços americana recheiam a agenda. Confira.

IPOs: Apesar dos receios de juros altos por mais tempo, cresce o número de IPOs nos EUA. Leia aqui.

Nas alturas: Construtora que dispara quase 115% no ano tem vendas recordes no 3T23. Saiba mais.


Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h35:

EUA/Futuros: Dow Jones -0,40%; S&P 500 -0,51% e Nasdaq -0,66%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,17% no pré-mercado; nos ADRs, da Petrobras +2,63% e da Vale -1,00%;

Europa: Stoxx 600 +0,02%; Frankfurt -0,45%; Paris -0,24%; Londres +0,20%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -0,26%; Hong Kong +0,18%; Xangai -0,44;

Câmbio: DXY +0,46%, 106.54 pontos; euro -0,55%, a US$ 1,0532; libra -0,50%, a US$ 1,2178; dólar -0,11% ante o iene, a 149,13 ienes;

Treasuries: sem negócios

Commodities: ouro +1,01%, a US$ 1.863,80 a onça na Comex; petróleo WTI +4,18%, a US$ 86,25 o barril; Brent +3,60%, a US$ 87,62 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (janeiro/24) fechou em queda de 2,11% em Dalian (China), a 833,50 yuans após ajustes (~US$ 115).


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