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Commodities matam no peito a fuga dos mercados

  • Foto do escritor: Giovanni Lorenzon
    Giovanni Lorenzon
  • 16 de abr.
  • 2 min de leitura
Todas as commodities lucraram hoje, o que chamou a atenção
Todas as commodities lucraram hoje, o que chamou a atenção

Infomercadosbr, por Giovanni Lorenzon


Nada mudou no nevoeiro das tarifas, ou até mais denso ficou. Todo mundo no mercado financeiro tem um argumento no meio de tanta história que vai sendo reescrita. Mas um ponto chamou a atenção nesta quarta-feira (16).


Os fundos multimercados e de hedges mostraram que precisam desovar seus recursos em ativos que podem tentar escapar do estresse da guerra comercial e até ganhar um pouco por fundamentos próprios, ainda que pontuais.


Fora o óbvio ouro, sempre ganhador em crises agudas, todas as commodities lucraram hoje, com raríssimas exceções.


Sob a pressão dos índices de ações de Wall Street (só o S&P 500 perde mais de 2,50%), a terceira queda seguida dos T-bonds e, principalmente, o dólar index DXY abaixo da marca d’água dos 100 pontos – só ontem houve uma breve interrupção das baixas sequenciais desde dia 8 -, estava mais do que na hora de os grandes investidores arriscarem.


Pelo movimento de alta em baciada na Chicago Board of Trade e na Nymex vê-se que não foram somente traders setoriais. A cobertura de posições vendidas e/ou remontagem de posições compradas foram generalizadas.


Vamos combinar que não houve nenhuma mudança na perspectiva econômica global, em linha com a guerra desencadeada por Donald Trump, que sustentasse a alta do barril do petróleo tipo Brent acima de 1,50%.


O razoável PIB da China no início de 2025 já é coisa de retrovisor. No limite, a alta de 1,2% contra a de 1,4% no trimestre anterior, de 2024, poderia até preocupar pelo carrego estatístico de abril em diante, quando as tarifas dos EUA ficaram mais caras por lá.


No campo das commodities agrícolas, também os fundamentos gerais são mais de pressão do que de valorizações. Mas tanto as “duras” (soja, milho e trigo), como as “suaves” (algodão, cafés e açúcar, entre as grandes) obtiveram ganhos resultantes desse movimento de saída dos mercados.


Só o café conta com chance de manter a valorização que deixa os contratos futuros próximos dos US$ 4 libra-peso. Quando muito, uma recessão global poderia equilibrar o jogo, já que não há dúvida quanto à baixa entrega brasileira na colheita que vai começar em pouco.


A soja carrega o peso do tarifaço que a China retrucou aos EUA. O Brasil está saindo de safra cheia e o plantio americano começou, enquanto o milho tem um pouco mais a favor a forte demanda global neutralizando o aumento de área previsto nos EUA.


Quinta-feira certamente é outra história em cena.

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