BC europeu abre temporada de decisão dos bancos centrais
Não há consenso sobre BC da zona do euro, enquanto Fed pausa e Copom corta mais
O Banco Central Europeu (BCE) abre nesta quinta-feira (13) a temporada de decisão de juros dos principais bancos centrais, que só termina daqui a uma semana, com os anúncios dos BCs inglês (BoE) e japonês (BoJ). Na véspera, tem a “Super Quarta” de decisão do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom).
Enquanto o mercado chega dividido ao dia do BCE, não restam dúvidas de que o Fed irá “pular” setembro - e, quiçá, encerrar o ciclo de aperto nos Estados Unidos neste ano. Da mesma forma, a expectativa majoritária é de novo corte de 0,50 ponto porcentual (pp) na taxa Selic na semana que vem. Já BoE e BoJ não têm mais muito o que fazer.
Com isso, a reunião do BCE hoje é a que promete mais emoção. Isso porque não há consenso sobre se haverá uma nova alta de 0,25 pp agora - a décima seguida e, talvez, a última; uma pausa para aumentos posteriores ou o fim de vez do aperto monetário. Seja qual for a decisão, será difícil para Christine Lagarde convencer os mercados.
Ainda assim, os investidores não devem se empolgar muito. Afinal, os ativos europeus perdem apelo frente aos rivais norte-americanos e ao risco dos emergentes, seja nas bolsas (leia mais abaixo) ou entre as moedas. Por isso, apesar do anúncio do BCE (9h15) ser o destaque do dia, seguida da entrevista da presidente (9h45), o radar não estará ali.
Mercado espera BCs
Aliás, o foco está difuso hoje. As atenções se dividem entre a agenda de indicadores econômicos nos EUA, que traz a inflação ao produtor (PPI) e as vendas no varejo, ambos às 9h30. Por aqui, a cena fiscal volta a dominar, com o avanço do projeto de lei das apostas esportivas online podendo garantir mais de R$ 1,6 bilhão aos cofres públicos em 2024.
Porém, há muita desconfiança quanto à capacidade do governo de cumprir a meta de déficit fiscal zero no ano que vem. Para o mercado, o buraco no Orçamento do próximo ano está sendo subestimado e a conta entre previsão de gastos e das receitas projetadas simplesmente não fecha.
Com isso, são as especulações sobre juros no Brasil e nos EUA que devem mover os negócios no Ibovespa e com o dólar, ao menos no curto prazo. Embora haja um consenso para o Copom e o Fed deste mês, a incerteza passa pelos detalhes. Afinal, a Selic vai cair até que nível e em qual ritmo? E nos EUA, o fim já chegou ou ainda há espaço para subir mais um pouco?
Pílulas do Dia 💊
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Moedas latinas: Real tem a terceira maior queda contra o dólar na América Latina em dez anos; peso argentino é a moeda que mais se desvalorizou. Confira.
Casa de Apostas: Câmara aprova projeto que regulamenta apostas esportivas. Saiba mais.
As melhores: USP, Unicamp, Unesp e UFRJ estão entre as dez melhores universidades da América Latina. Entenda por quê.
Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h30:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,26%; S&P 500 +0,33% e Nasdaq +0,35%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; ADRs da Vale +1,17%; ADRs da Petrobras +0,54%;
Europa: Stoxx 600 +0,38%; Frankfurt +0,02%; Paris +0,09%; Londres +0,91%;
Ásia/Fechamento: Nikkei 255 +1,41%; Hong Kong +0,21%; Xangai +0,11%;
Câmbio: DXY estável, 104.77 pontos; euro +0,05%, a US$ 1,0737; libra -0,15%, a US$ 1,2471; dólar -0,09% ante o iene, a 147,34 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,257%, de 4,259% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,982%, de 4,990% mesma comparação;
Commodities: ouro -0,22%, a US$ 1.928,20 a onça na Comex; petróleo WTI +0,97%, a US$ 89,38 o barril; Brent +0,95%, a US$ 92,74 o barril; minério de ferro (janeiro/24) fechou em +0,29% em Dalian (China), a 859 yuans a tonelada métrica, após ajustes (~US$ 117,70).
