O que o mercado fez no feriado
Ibovespa crava 7 altas seguidas e dólar encosta em R$ 5,40, com foco de volta ao Fed
🧪 Dose diária:
🚨 O mercado nem percebeu que ontem foi feriado em São Paulo. O Ibovespa encerrou o 9 de Julho cravando sete altas consecutivas e o dólar alcançou o menor valor em dez dias.
🔎 Passado os ajustes nos ativos locais após o estresse recente, o foco dos mercados se volta para o Federal Reserve.
❓ Em nova sessão no Congresso dos EUA hoje, Powell deve responder se cabe uma queda adicional nos juros ainda neste ano ou uma antecipação do início do ciclo para julho.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta quarta-feira (10):
O mercado financeiro nem percebeu que ontem foi feriado em São Paulo. O Ibovespa encerrou o 9 de Julho celebrado no Estado cravando sete altas consecutivas, na maior sequência positiva em um ano. A bolsa brasileira segue sem saber o que é cair neste início de semestre.
Já o dólar levou praticamente o mesmo período para voltar a se aproximar da marca de R$ 5,40, depois de ir além dos R$ 5,60. É o menor valor em mais de dez dias. Passado os ajustes dos investidores após o estresse nos ativos locais, o foco dos mercados se volta para…o Federal Reserve.
Fala, Powell
No sempre aguardado testemunho do presidente do Fed no Congresso dos Estados Unidos, Jerome Powell mostrou ontem disposição em cortar a taxa de juros em breve. Porém, ele disse que é preciso “mais dados bons” para fortalecer o cenário de que a inflação ao consumidor norte-americano está se movendo em direção à meta de 2%.
Aliás, o CPI de junho nos EUA será conhecido amanhã. À espera dos números, as apostas não se moveram muito em relação à expectativa de que os cortes começam em setembro. No entanto, Powell enfatizou os sinais crescentes de esfriamento do mercado de trabalho, após o payroll da semana passada mostrar aumento do desemprego pelo terceiro mês.
Ou seja, a inflação não é a única variável para a qual o Fed está de olho. A atividade econômica e o emprego também entram nesta equação. O resultado é que a taxa de juros nos EUA não deve começar a cair tarde demais - nem muito pouco. A dúvida é se caberá uma queda adicional ainda neste ano ou uma antecipação do início do ciclo para julho.
Agenda do dia
São essas as perguntas que os deputados devem fazer hoje a Powell, em nova sessão no Capitólio, desta vez, na Câmara dos Representantes, a partir das 11h. Trata-se do grande evento desta quarta-feira (10). Por aqui, merece atenção os dados de junho do IPCA (9h).
A previsão é de que a inflação oficial ao consumidor brasileiro acumule taxa acima de 4% em 12 meses, distanciando-se da meta perseguida pelo Banco Central. Ainda assim, deve haver uma desaceleração na leitura mensal, em meio ao alívio nos preços dos alimentos.
Na China, o índice de preços ao consumidor perdeu força, com taxa anual de 0,2% ante leitura de 0,3% nos dois meses anteriores, contrariando a previsão de aceleração para 0,4%. Em base mensal, houve deflação pela terceira vez neste ano, em meio à frágil recuperação da economia. Já os preços ao produtor chinês (PPI) caíram novamente, estendendo a sequência negativa para 21 meses.
💊 Pílulas do Dia
A culpa é da China: Ouro fica fora do pódio no ranking das maiores aplicações no semestre, mas ainda brilha aos olhos dos investidores - em especial, chineses. Saiba mais.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,04%; S&P 500 +0,15% e Nasdaq +0,25%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) sem negociação no pré-mercado; nos ADRs, Vale -0,35% e Petrobras -0,33%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,49%; Frankfurt +0,59%; Paris +0,66% e Londres +0,57%;
Ásia/Fechamento: Tóquio +0,61%; Hong Kong -0,29% e Xangai -0,68%;
Câmbio: DXY -0,04%, aos 105.08 pontos; euro +0,11%, a US$ 1,08325; libra +0,18%, a US$ 1,2810; dólar +0,15% ante o iene, a 161,56 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,289%, de 4,301% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,630%, de 4,637% na mesma comparação;
Commodities: ouro +0,43%, a US$ 2.378,40 a onça na Comex; petróleo WTI +0,42%, a US$ 81,75 o barril; Brent +0,30%, a US$ 84,91 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou em -0,79% em Dalian (China), a 821,50 yuans a tonelada métrica (US$ 114,10) após ajustes.