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Mercados entram na reta final do mês


Os mercados financeiros iniciam a semana promovendo os últimos ajustes nos ativos antes da virada do mês. Enquanto no exterior, os negócios são impactados pela maior queda do lucro industrial na China desde 2011, no Brasil, os investidores reabrem o pregão de hoje podendo testar a atuação do Banco Central no câmbio, ao passo que a Bovespa acumula seis quedas seguidas e uma desvalorização de 10% no ano.

Em Nova York desde a sexta-feira passada, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o governo brasileiro está "extremamente preocupado" com a escalada do dólar, porque há "empresas endividadas em dólar". Ela disse também que o Brasil tem reservas suficientes para evitar uma "disruptura" por causa da moeda norte-americana. Segundo Dilma, o governo será "firme" no combate à oscilação cambial.

Hoje, ela faz o tradicional discurso de abertura da Assembleia-Geral das Nações Unidas, às 10 horas, e depois retorna para Brasília ainda na tarde desta segunda-feira, onde deve finalizar a questão da reforma ministerial, apesar do distanciamento com o vice Michel Temer. O objetivo do novo desenho da Esplanada é afastar o risco de impeachment no Congresso e aprovar o pacote de ajuste fiscal - e a CPMF, em meio à crise de confiança.

Entre os indicadores, hoje saem a sondagem da FGV na indústria (8h), o Boletim Focus (8h30), o relatório de agosto da dívida pública mobiliária federal (10h30) e os números semanais da balança comercial. Mas o destaque da agenda doméstica são os dados fiscais que o Tesouro Nacional e o Banco Central anunciam, amanhã e quarta-feira, respectivamente. Na sexta-feira, é a vez da produção industrial no mês passado.

Já no exterior, a queda de 8,8% no lucro da indústria chinesa em agosto, em base anual, atinge em cheio as commodities e as ações de mineradoras, o que penaliza o desempenho das principais bolsas europeias. Nem mesmo a Bolsa de Londres consegue tirar proveito das especulações de que a AB InBev deve fazer uma oferta pela aquisição da SABMiller. A notícia pode ter reflexos nos negócios com as ações da Ambev, no Brasil.

Os mercados asiáticos também fecharam com perdas - exceto Xangai e Hong Kong, que subiram 0,28% e 0,43%, respectivamente. Tóquio, por sua vez, caiu 1,32%. Relatos de que o lucro das empresas industriais chinesas teve a maior queda em pelo menos quatro anos mostram que o pilar do modelo de crescimento liderado pela infraestrutura na China sofreu com o yuan desvalorizado, um mercado de ações em baixa e uma demanda franca.

Tratam-se de desafios à segunda maior economia do mundo, que podem levar o Fundo Monetário Internacional (FMI) a cortar a previsão do PIB global neste e no próximo ano, devido à desaceleração entre os países emergentes, informa um jornal francês nesta manhã. Apesar das renovadas preocupações com o crescimento mundial, Wall Street se segura no azul desde cedo, diante dos sinais de fortalecimento da economia dos Estados Unidos. O dólar, porém, perde vigor ante os rivais.

As atenções por lá voltam para o sempre aguardado payroll, que deve mostrar novos números sólidos sobre a geração de vagas de emprego. O relatório oficial do mercado de trabalho no país será conhecido na sexta-feira, mas, antes, o calendário norte-americano traz na semana a leitura de índices (PMI e ISM) sobre a indústria e também mais um discurso da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen - desta vez, na conferência anual sobre bancos comunitários e política, na quarta-feira.

Números sobre o desempenho das vendas das montadoras e sobre a confiança do consumidor também serão conhecidos. Nesta segunda-feira, saem dados sobre a renda pessoal e os gastos com consumo (9h30), além do índice de vendas pendentes de imóveis (11h), ambos referentes a agosto. Dados sobre a confiança do consumidor, a atividade industrial, o desemprego e a inflação na zona do euro serão conhecidos ao longo da semana.

Também chama a atenção o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, na quinta-feira. Fora da região da moeda única, saem os dados revisados do PIB do Reino Unido, na quarta-feira. Já na Ásia, a China entra em um longo feriado a partir de quinta-feira, 1º de Outubro, mas antes anuncia as leituras oficiais e de bancos sobre o PMI dos setores industrial e de serviços no país.

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