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À espera da Petrobras


Petrobras. Petrobras. Petrobras. Com os balanços em foco pelo mundo, os mercados domésticos devem ser orientados hoje pela expectativa dos resultados contábeis da estatal petrolífera referentes ao ano fechado de 2014 e ao terceiro e quarto trimestres do ano passado, revisados pelos auditores independentes.

Os números serão conhecidos apenas após o fechamento dos negócios nesta quarta-feira, mas a reunião do Conselho da companhia tem início cedo, às 11 horas, podendo transcorrer ao longo da tarde. O balanço precisa ser aprovado pela diretoria para que, então, seja divulgado. Mas uma entrevista coletiva com jornalistas está programada para as 18 horas e uma teleconferência com investidores e analistas já está agendada para amanhã.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse, no exterior, estar “confiante” sobre a Petrobras que, para ele, irá superar essa questão da publicação dos resultados auditados, com alguns meses de atraso, e isso será “muito bom”. Segundo Levy, o mercado verá uma “reconstrução” da estatal, com a nova diretoria.

Na mesma linha, a Moody’s, que no fim de fevereiro retirou o selo de grau de investimento da Petrobras, afirmou ontem que a publicação do balanço da companhia antes do fim de abril é um “evento positivo”. Ainda assim, a agência de classificação de risco avalia que os “efeitos da saga Petrobras devem perdurar”, com o foco migrando para as disputas judiciais com investidores e para a atividade de óleo e gás propriamente dita.

Entre os investidores, existe uma expectativa sobre o que será apresentado. Mas, antes do anúncio, no fim do dia, a agenda econômica interna reserva a divulgação, pelo Banco Central, da nota do setor externo em março (10h30) e dos números semanais do fluxo cambial (12h30). Os dados podem mexer, principalmente, com o câmbio.

A cena política também volta a ser monitorada. No retorno ao Brasil, após vários compromissos em Washington e em Nova York, Levy reúne-se hoje com o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). O encontro, às 17 horas, chama atenção, uma vez que Ferraço era cotado com um possível rival de Renan Calheiros, no início do ano, na disputa pela presidência do Senado. Na pauta da Casa hoje, está a mudança do indexador da dívida dos Estados e municípios.

Na Câmara, deve haver votação dos destaques do projeto de terceirização. Já a presidente Dilma Rousseff recebe, em horários diferentes, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Casa Civil, Aloizio Mercadante.

Exterior. O Ocidente amanheceu no vermelho hoje, relegando a sinalização positiva das bolsas asiáticas para o dia. Os destaques por lá ficaram com o índice japonês Nikkei 225, que fechou acima da marca psicológica de 20 mil pontos pela primeira vez em 15 anos, ao passo que a Bolsa de Xangai subiu ao maior nível em sete anos.

Enquanto os negócios no Japão foram embalados pelo primeiro superávit comercial do país desde 2012, de 229,3 bilhões de ienes em março (US$ 1,9 bilhão), os mercados chineses seguem motivados pela expectativa de que Pequim vai acelerar estímulos monetários para dar suporte à economia. O Índice Xangai Composto já subiu 87% nos últimos seis meses, mas para o jornal estatal chinês People's Daily, o chamado “mercado de touro” (bull market), ou seja, de alta, está apenas começando neste atual nível dos 4 mil pontos.

Já na Europa, as bolsas de Londres, Paris e Frankfurt têm perdas nesta manhã, devolvendo parte da alta de ontem, quando as bolsas de Nova York acabaram fechando em baixa. Os índices futuros em Wall Street também recuavam, mais cedo.

Enquanto, de um lado do Atlântico Norte, o Banco Central inglês (BoE) deu pistas de que os players do mercado estão muito suaves (“dovish”), o que fortaleceu a libra e diminuiu o apetite por risco à medida que o foco também se desloca novamente para a Grécia; do outro lado, as atenções seguem na temporada de balanços. Para hoje, são esperados os números trimestrais de marcas famosas, como Facebook, McDonald’s e Coca-Cola.

Entre os indicadores norte-americanos, saem dados sobre o setor imobiliário, pela manhã. À noite, a China volta à cena para divulgar números preliminares de abril sobre a indústria.

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