Fechando o dia
O Banco Central dos Estados Unidos ainda está refinando a forma de elevar as taxas de juros, quando chegar a hora. A ata da reunião de março, divulgada hoje, não descartou a possibilidade de junho, mas manteve em aberto os outros meses de fechamento de trimestre (setembro e dezembro), bem como a chance de adiar o aperto para 2016. Disse que tudo vai depender dos dados econômicos.
Na dúvida, os mercados financeiros foram e voltaram. As bolsas de Nova York titubearam, mas fecharam em alta, com ligeiro 0,3% para o S&P e +0,2% para o Dow Jones. A T-note de 10 anos fechou em 1,91%.
O mesmo ocorreu com o dólar, mas, no Brasil, a moeda norte-americana caiu desde o começo do dia ante o real e encerrou na sétima queda consecutiva, reavendo a marca de R$ 3,05, que não era vista desde 6 de março. O noticiário político local ajudou.
Já a Bovespa decepcionou e caiu 0,13%. Depois de permitirem um salto da Bolsa logo na abertura, para além dos 54 mil pontos, os investidores estrangeiros mudaram de direção e realizaram um pouco os ganhos recentes, com o movimento sendo comandado por Petrobras e Vale.
O fato é que com os preços das ações brasileiras ainda atrativos, havia certa “gordura” para os "gringos" queimar. Mas com os mercados norte-americanos no “high do high”, o dinheiro voltado aos ativos de risco tem de embarcar em algum lugar. Ainda que discretamente, o fluxo de capital externo continua saindo de Wall Street rumo a outros mercados - com os emergentes em destaque.
Nos EUA, a temporada de balanços começou, mas também sem dar sinais claros sobre se os resultados corporativos serão de ganhos ou de perdas entre as ações.
Como de praxe, a Alcoa inaugurou a safra, e também frustrou. Apesar de ter saído do prejuízo e registrado lucro nos três primeiros meses de 2015, a receita ficou um pouco abaixo do esperado e o mercado não perdoou: a ação caiu ao redor de 3%, com forte volume, vinda de uma sequência de cinco sessões de alta.
Em Brasília... a Câmara dos Deputados aprovou texto principal de projeto de lei sobre a terceirização no mercado de trabalho brasileiro.
