Mercado tenta manter o ânimo
- Olívia Bulla

- 28 de abr.
- 2 min de leitura
Mercado teve semana encorajadora e quer manter motivação até o fim do mês

Depois de uma semana encorajadora para o mercado financeiro, com o Ibovespa cravando nova máxima de fechamento e o dólar voltando aos níveis pré-tarifaço, os investidores tentam manter a motivação nesta reta final de abril. Apesar da aparente trégua, os mercados sabem que a artilharia da Casa Branca segue carregada.
A contagem regressiva para os primeiros cem dias do segundo mandato de Donald Trump já começou e a desestabilização causada no período dá sinais para o caminho à frente. Por ora, o presidente dos Estados Unidos parece estar convencido a não demitir Jerome Powell do Federal Reserve e aguarda as movimentações de Pequim na guerra comercial.
A China sabe das suas próprias dificuldades internas, relacionadas à saúde financeira dos governos locais e ao declínio do setor imobiliário, para conseguir estimular a demanda doméstica. Há um alto grau de consenso de que elevar o nível do consumo da população de 1,4 bilhão é o desafio mais crucial. Portanto, o foco está voltado às questões locais.
Daí então o impasse nas negociações entre EUA e China. Por mais que Trump reitere que haverá um acordo entre as partes nas próximas semanas, o assunto não parece estar na pauta de discussão das lideranças chinesas. Ao contrário, pode-se dizer que já eram esperadas medidas tarifárias e os preparativos foram feitos com antecedência.
Assim, na ausência de novidades, a agenda econômica volta a ganhar relevância no radar dos mercados. No Brasil, o boletim Focus do Banco Central abre o calendário de divulgações e deve ser observado de perto. A prévia de abril da inflação oficial ao consumidor (IPCA-15) reforçou as apostas de fim do ciclo de aumento da taxa Selic.
Dados sobre o mercado de trabalho também concentram as atenções. Aqui, tem os números do IBGE e do Caged, enquanto nos EUA o payroll é a maior expectativa. Antes, são importantes o relatório Jolts e a pesquisa ADP. Na safra de balanços, destaque para os números trimestrais das big techs Apple, Microsoft, Amazon e Meta.
No meio do caminho, mais um feriado interrompe as negociações. O Dia do Trabalhador no primeiro dia de maio mantém os mercados no Brasil fechados e também em algumas praças da Europa, esvaziando a sessão seguinte. Wall Street e a City londrina funcionam normalmente na quinta-feira. Na China, não haverá pregão nem em um dia nem em outro - e isso diz muito sobre as diferenças por lá...







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