Mercado busca recuperação
Índices futuros das bolsas e da Vale sobem em NY, em dia positivo no mercado

🧪 Dose diária:
🚨 O mercado financeiro encerra a semana dando sinais de que a realização de lucros dos últimos dias já acabou.
🤞 O índice de preços preferido do Fed, o PCE, deve firmar a direção dos ativos de risco para o dia, se confirmar a previsão de corte nos juros dos EUA em setembro.
💰 Mas o sinal positivo que chama atenção vem dos ADRs da Vale, após o lucro mais que triplicou no segundo trimestre deste ano.
Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta sexta-feira (26):
O mercado financeiro encerra a semana dando sinais de que a realização de lucros dos últimos dias já acabou. Os futuros dos índices das bolsas de Nova York sobem nesta manhã, após o S&P 500 registrar a pior sequência de três dias em nove meses. O Ibovespa também enfileirou ontem a terceira queda consecutiva.
Já o dólar mostrou que não será tão fácil firmar-se na marca de R$ 5,70 - ainda que o mercado queira comparar o real ao iene. Aliás, o Banco do Japão (BoJ) deve considerar subir a taxa de juros na semana que vem, em mais uma medida para diminuir o enorme estímulo monetário por lá.
O anúncio abre a “Super Quarta” deste mês, que também terá reuniões do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom). Depois do IPCA-15 e dos números do PIB dos Estados Unidos, divulgados ontem, os investidores seguem convencidos de que a taxa Selic não volta a cair tão cedo e que os juros americanos cedem em setembro.
O índice de preços preferido do Fed, o PCE, deve pavimentar essa aposta. A previsão é de leve aumento mensal, enquanto a taxa anual deve desacelerar pelo segundo mês seguido, a 2,5% em ambas as leituras, cravando uma nova mínima desde março de 2021. O resultado sai às 9h30. Se confirmado, deve firmar a direção dos ativos de risco para o dia.
Vale ainda vale?
Mas o sinal positivo que chama atenção vem dos ADRs da Vale. Os recibos de ações da mineradora sobem mais de 1% no pré-mercado americano, reagindo ao lucro que mais que triplicou entre abril e junho deste ano. Porém, a cifra de US$ 2,77 bilhões na última linha de balanço deve-se mais a desinvestimentos e benefícios tributários do que à produção.
Ou seja, a Vale mostrou-se mais eficiente no período. Ainda assim, houve um forte desempenho operacional, com a produção e o volume de vendas de minério de ferro sendo recorde para um segundo trimestre desde 2018. Porém, o preço da commodity segue mais baixo, em meio a frustração com a economia chinesa.
Aliás, quem esperava alguma novidade ou grande anúncio ao final da reunião de líderes do Partido Comunista, na semana passada, também se frustrou. O anúncio-surpresa de cortes nas taxas de juros sinaliza apenas uma boa intenção, mas não uma mudança de rota. Até porque os chineses pensam a longo prazo.
Com isso, o radar se desloca de Pequim para Washington, onde cresce a pressão de empresários sobre a provável candidata Kamala Harris a eliminar as políticas protecionistas dos últimos cinco anos ou mais. Ela, aliás, recebeu o importante apoio dos Obama, selando seu nome na corrida presidencial. Resta saber, quem será o vice na chapa.
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⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 6h40:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,45%; S&P 500 +0,75% e Nasdaq +1,04%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) sem negociação no pré-mercado; nos ADRs, Vale +1,31% e Petrobras +0,28%;
Europa: índice Stoxx 600 +0,35%; Frankfurt +0,04%; Paris +0,63% e Londres +0,69%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,53%; Hong Kong +0,10% e Xangai +0,14%;
Câmbio: DXY -0,01% aos 104.35 pontos; euro +0,06%, a US$ 1,0853; libra +0,12%, a US$ 1,2866; dólar +0,10% ante o iene, a 154,09 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,241%, de 4,247% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,441%, de 4,439% na mesma comparação;
Commodities: ouro +0,81%, a US$ 2.372,60 a onça na Comex; petróleo WTI -0,41%, a US$ 77,96 o barril; Brent -0,45%, a US$ 81,99 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (setembro/24) fechou +1,63% em Dalian (China), a 780 yuans a tonelada métrica (US$ 107,59) após ajustes.