Pra não dizer que não falei da China

China ocupa noticiário esvaziado do dia ao anunciar meta de 5% do PIB neste ano

🧪 Dose diária:

🐲 A China abandonou a tradicional entrevista coletiva do primeiro-ministro no encerramento do Congresso Nacional do Povo, mas Li Qiang apareceu hoje para anunciar uma meta ao redor de 5% do PIB para 2024.

🤞 Ou seja, a estabilidade do crescimento será prioridade do governo chinês neste ano, repetindo aquilo que já cumpriu em 2023. Mas manter o ritmo de expansão em meio à base de comparação elevada é difícil.

🚨 Daí porque os mercados iniciaram o dia de mau humor, com os investidores ainda acostumados com o crescimento de dois dígitos de outrora da segunda maior economia do mundo.

Para mais informações, leia a Bula do Mercado desta terça-feira (5):

A China abandonou a tradicional entrevista coletiva do primeiro-ministro no encerramento do Congresso Nacional do Povo pela primeira vez desde 1993 e, agora, de vez. Mas Li Qiang apareceu hoje para anunciar uma meta ao redor de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 - repetindo aquilo que já cumpriu em 2023 e em linha com o esperado.

Ou seja, a estabilidade do crescimento será prioridade do governo chinês neste ano. Mas manter o ritmo de expansão em meio à base de comparação elevada é difícil. Por isso, Pequim sinalizou um “fortalecimento moderado” dos estímulos fiscais, ao mesmo tempo em que manteve a cautela em relação à sustentabilidade da dívida soberana.

Em dia de divulgação de dados de atividade ao redor do mundo nesta terça-feira (5), os mercados repercutem o plano de voo do dragão chinês para este ano. Porém, os investidores ainda estão acostumados com o crescimento de dois dígitos de outrora da segunda maior economia global, o que se reflete em um mau humor nos negócios.

⏰️ Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h25:

EUA/Futuros: Dow Jones -0,16%; S&P 500 -0,38% e Nasdaq -0,82%;

NY: Ibovespa em dólar (EWZ) -0,06% no pré-mercado; nos ADRs, Vale -0,82% e Petrobras +0,79%;

Europa: índice Stoxx 600 -0,35%; Frankfurt -0,25%; Paris -0,20% e Londres -0,29%;

Ásia/Fechamento: Tóquio -0,03%; Hong Kong -2,61%; Xangai +0,28%;

Câmbio: DXY +0,03%, 103.87 pontos; euro -0,02%, a US$ 1,0854; libra -0,06%, a US$ 1,2684; dólar -0,08% ante o iene, a 150,41 ienes;

Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,194%, de 4,216% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,589%, de 4,610% na mesma comparação;

Commodities: ouro +0,41%, a US$ 2.135,10 a onça na Comex; petróleo WTI -0,33%, a US$ 78,49 o barril; Brent -0,20%, a US$ 82,74 o barril; o contrato futuro do minério de ferro mais líquido (maio/24) fechou em +1,14% em Dalian (China), a 883,50 yuans após ajustes (US$ 123,39).

Cena doméstica refém

Por aqui, o Ibovespa iniciou a semana em baixa, acumulando queda de 0,5% nos dois primeiros pregões de março. No ano, porém, as perdas superam 4%. A indefinição sobre até quanto o Banco Central irá cortar a taxa Selic e quando começam os cortes nos juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve inibe o apetite pelo risco local.

Tanto que o volume financeiro da principal carteira de ações da bolsa brasileira está cerca de 30% abaixo da média diária neste início de mês. O dólar, por sua vez, segue abaixo, mas colado, à marca de R$ 5,00. Esse cenário reflete a fuga dos estrangeiros do mercado local, o que tem mantido a bolsa em baixa e o dólar para cima neste começo de 2024.

💊 Pílulas do Dia

Antes da Super Quarta, tem a Super Terça: O que está em jogo nas primárias das eleições presidenciais nos Estados Unidos que acontecem hoje. Entenda.

Reforma e abertura: China deve anunciar maior abertura ao exterior nas Duas Sessões. Leia aqui.