As dúvidas do mercado nesta Super Quarta
Decisão de juros do Fed e do Copom já está dada; dúvida é quando haverá mudança

Resumo: Os mercados só querem saber da decisão de juros do Fed e do Copom nesta Super Quarta. Algumas questões seguem em aberto. Sobre o Fed, o que instiga é quando terão início os cortes na taxa dos Estados Unidos. Já em relação ao Copom, o desafio é entender o que é preciso mudar para acelerar o ritmo de queda ainda neste ano. Com tantas perguntas, o comportamento errático do Ibovespa e a busca por proteção no dólar neste início de semana não surpreende ninguém. O problema é saber quando será o gatilho para uma guinada neste movimento dos mercados globais. A conferir.
Os mercados só querem saber do Federal Reserve e do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta Super Quarta de decisão de juros. Nas mesas de operações, só se ouve falar disso, o que torna difícil dizer qualquer coisa diferente sobre o assunto.
Mas algumas questões seguem em aberto e são elas que os investidores vão tentar responder a partir das 15h de hoje. Sobre o Fed, o que instiga não é se haverá uma pausa agora e ainda um novo aperto até o fim do ano.
A dúvida é quando terão início os cortes na taxa dos Estados Unidos, diante do receio da premissa de juros mais altos por mais tempo do que o esperado. Daí porque ganha importância o chamado gráfico de pontos (dot plot), que traz as previsões dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) para as principais variáveis macroeconômicas.
Na sequência, também chama a atenção a entrevista coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell. Embora ele possa mais confundir do que dar respostas claras às perguntas da imprensa, em meio à escalada do petróleo, que ameaça bater em US$ 100.
Nada disso será ofertado pelo Copom, a partir das 18h30. O anúncio da taxa Selic será em um comunicado e pode haver alguma mensagem nas entrelinhas. O desafio será entender o que mudou desde a última reunião, quando teve início os cortes, e o que é preciso mudar para acelerar o ritmo de queda ainda neste ano.
O X da Questão
Com tantas perguntas, o comportamento errático do Ibovespa e a busca por proteção no dólar neste início de semana não surpreende ninguém. Afinal, a disparada dos juros dos Treasuries em meio à postura defensiva com o Fed pesou nos ativos de risco.
O problema é saber quando será o gatilho para uma guinada neste movimento dos mercados globais, com a renda variável tornando-se mais atrativa e o diferencial da taxa de juros (carry over) aqui frente ao exterior deixando de ser interessante. A conferir.
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Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h20:
EUA/Futuros: Dow Jones +0,19%; S&P 500 +0,17% e Nasdaq +0,17%;
NY: Ibovespa em dólar (EWZ) ainda não tinha negociação no pré-mercado; ADRs da Vale +0,78%; ADRs da Petrobras -0,52%;
Europa: Stoxx 600 +0,62%; Frankfurt +0,56%; Paris +0,32%; Londres +0,69%;
Ásia/Fechamento: Tóquio -0,66%; Hong Kong -0,62%; Xangai -0,52%;
Câmbio: DXY -0,18%, 105.01 pontos; euro +0,21%, a US$ 1,0703; libra -0,15%, a US$ 1,2375; dólar +0,06% ante o iene, a 147,97 ienes;
Treasuries: rendimento da T-note de dez anos em 4,345%, de 4,364% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 5,075%, de 5,105% mesma comparação;
Commodities: ouro -0,03%, a US$ 1.953,20 a onça na Comex; petróleo WTI -0,72%, a US$ 89,84 o barril; Brent -0,68%, a US$ 93,70 o barril; minério de ferro (janeiro/24) fechou em +0,12% em Dalian (China), a 870,50 yuans a tonelada métrica, após ajustes (~US$ 119).