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Agenda fraca testa fôlego dos mercados


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Os mercados financeiros devem fazer uma pausa nesta sexta-feira de agenda econômica esvaziada, no Brasil e no exterior, o que abre espaço para recompor o fôlego em meio à cautela antes do fim de semana. Mas os investidores seguem monitorando os focos de tensão nos negócios.

A preocupação de que a Grécia estaria falhando em meio aos esforços em renegociar a dívida e seguir na região da moeda única enfraquece as praças europeias e o euro nesta manhã, mas a perspectiva de mais estímulos vindos em breve da China limita a pressão de venda entre os ativos mais arriscados.

Enquanto a Bolsa de Xangai fechou hoje em alta de 0,9%, na máxima desde 2008, acumulando ganhos pela segunda semana consecutiva (+2,9%) e embalando os demais mercados asiáticos; a Bolsa de Atenas tombava 3,7%, mais cedo, liderando as perdas na Europa, após relatos na imprensa alemã de que conselheiros da chanceler Angela Merkel estariam discutindo como lidar com um calote grego, incluindo controle de capital para clientes de bancos do país.

Ontem, o país mediterrâneo não cedeu às propostas da União Europeia (UE), após uma reunião de mais de duas horas, que terminou por volta da meia-noite. Nesta manhã, os rendimentos (yield) dos bônus soberanos da Itália e da Espanha avançam, diante dos riscos de contágio. Assim, os negócios na região relegam o crescimento de 0,1% da produção industrial na zona do euro em abril ante março. Na comparação anual, a indústria subiu 0,8%.

O único indicador em destaque, agora, é a prévia da confiança do consumidor norte-americano em junho (11h), medida pela Universidade de Michigan, que deve apresentar melhora. Por enquanto, os índices futuros das bolsas de Nova York exibem um viés de baixa, ao passo que o dólar segue firme, com Wall Street já na expectativa pela reunião do Federal Reserve, na semana que vem. O petróleo, com isso, recua.

No Brasil, depois da ata “determinada e perseverante” do Copom, na véspera, as atenções se voltam hoje para o evento do Grupo dos 30, no Rio, que contará com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, além de diretores da autoridade monetária, como o de Política Econômica, Luiz Awazu. O evento é fechado à imprensa.

Já a presidente Dilma Rousseff tem compromisso apenas à tarde, quando recebe ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (16h). Ontem, na abertura do 5º encontro nacional do PT, Dilma fez apelo ao partido, em busca de apoio às medidas do ajuste fiscal, e disse que “não mudou de lado”. Ela afirmou ainda que conta com a sigla para a defesa do governo, do pacote e também da Petrobras.

Segundo informações da imprensa nacional, o governo Dilma estaria “procurando” R$ 30,4 bilhões para fechar as contas deste ano e cumprir a meta de superávit primário, afastando de vez o temor com as agências de classificação de risco.

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